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segunda-feira, 18 de junho de 2012

O Renascimento


O Renascimento italiano

O Renascimento teve inicio na Itália, na primeira metade do século XIV. Contribuiu para isso, ao lado do desenvolvimento comercial e do enriquecimento das cidades italianas, o fato de que em muitas regiões da península Itálica havia obras e monumentos da cultura clássica estudada pelos humanistas. Além disso, os italianos sofreram influência cultural dos bizantinos e árabes. Com a invasão dos turcos, muitos sábios de Bizâncio fugiram para a Itália levando documentos da cultura clássica. Dos árabes, a Itália recebeu conhecimentos científicos e invenções trazidas do Oriente.
 
 
 
O humanismo, base do Renascimento.

O humanismo, ou seja, a valorização do homem, foi o elemento principal do Renascimento. Os humanistas defendiam a bondade natural do homem e sua capacidade de desenvolvimento. Em relação à Igreja, adotavam uma atitude crítica, não aceitando o teocentrismo. Sem negar Deus, os valores cristãos e a fé, defendiam o antropocentrismo, isto é, consideravam o homem, a grande obra de Deus, como o centro do Universo e o uso da razão como instrumento do saber.
Os humanistas inspiraram-se nos princípios artísticos clássicos (gregos e romanos) para suas produções. Defendiam que os gregos e os romanos tinham um conhecimento mais amplo sobre a vida e a natureza.
As idéias humanistas tiveram grande difusão graças à invenção da imprensa por Gutenberg (1448). A imprensa estabeleceu-se em vários países europeus, permitindo que rapidamente se espalhassem os ideais humanistas, pois podiam ser impressas muitas cópias de um mesmo Livro.
 
As obras renascentistas foram marcadas pela riqueza
de detalhes e a reprodução de traços humanos.

Denominou-se Renascimento o movimento cultural e artístico dos séculos XV e XVI que refletiu a nova mentalidade do homem europeu. Essa nova mentalidade, pela qual o homem se colocava no centro do Universo, abandonando o teocentrismo (idéia de que Deus é o centro do Universo), foi fruto de uma série de transformações, como o ressurgimento do comércio e da vida urbana, no final da Idade Média, e o aparecimento de uma nova camada social, a burguesia, que lutava para libertar-se dos obstáculos que impediam o desenvolvimento dos seus negócios. A Itália foi o berço do Renascimento, graças ao desenvolvimento econômico de suas cidades, que controlavam o comércio no mar Mediterrâneo. No século XV, a cidade de Florença constituía o principal núcleo da produção renascentista. Por quase um século, foi governada pela família Médicis, cujos membros, principalmente Lourenço, patrocinaram grande número de pensadores e artistas.
No século XVI, a cidade de Roma passou a ter a supremacia da arte renascentista, pois era para ela que convergiam os recursos financeiros de toda a cristandade. A enorme riqueza que chegava à cidade era administrada pelos papas e cardeais, que também se tornaram protetores das artes. Esses patrocinadores, burgueses ricos, príncipes, cardeais, papas, eram chamados de mecenas, nome derivado de Caio Mecenas, protetor de literatos e artistas na época do imperador romano Otávio Augusto. Com o financiamento que recebiam, os artistas, poetas e escritores tinham condições de se dedicar totalmente ao seu trabalho e desenvolver seus estudos, que levaram à criação de novas técnicas na arquitetura, na escultura e na pintura.

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