Na França do século XVIII o clero e a nobreza tinham uma série de privilégios, entre eles, o de não pagar impostos. Podemos dizer, portanto, que o terceiro estado carregava os outros dois nas costas.
Apesar da maioria da população viver e trabalhar no campo a oferta de alimentos era pequena, em parte devido à concentração das terras nas mãos de poucos e em parte devido aos pesados impostos. A fome era, portanto, algo que assolava os franceses, principalmente com as secas da década de 1780. Em 1789, o preço do pão era tão alto que uma família gastava quase 90% dos seus rendimentos na compra do pão para a subsistência mensal.
Os comerciantes também estavam insatisfeitos, pois tinham que pagar um grande número de impostos aos nobres. Os industriais, pos sua vez, reclamavam dos diversos monopólios, prática onde o rei concedia o direito de fabricação de um determinado produto a um industrial em detrimento dos outros. Enfim, mesmo com dinheiro a burguesia estava insatisfeita.
A França também estava empobrecida com os resultados desastrosos da Guerra dos Sete Anos, contra a Inglaterra. Se não bastasse isso, a França ainda resolveu ajudar os americanos contra a Inglaterra em sua luta de Independência: era uma forma de se vingar da derrota na Guerra dos Sete Anos.
Havia também uma grande insatisfação popular com a Corte, estabelecida em Versalhes, distante das agruras dos parisienses. Insatisfação com a rainha Maria Antonieta, austríaca, e apresentada sempre ligada à luxúria, depravação.
Nos panfletos que circulavam por Paris era comum ver os moncarcas franceses retratados como animais. Essa panfletagem radical ajudou a extirpar a áurea sacra dos reis franceses.
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