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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Independência das treze colônias americanas (1 de 3): Colonização do Sul e do Norte e Pontos de atrito entre ingleses e colonos


 Fonte: Imago História
A ocupação da América do Norte pelos ingleses se intensifica a partir do século XVII e XVIII com a fundação de treze colônias na costa atlântica do continente. O processo de colonização, seja, como estratégia para deslocar a crescente população pobre dos centros urbanos, ou mesmo ligada aos puritanos que fugiam da Europa devido às perseguições religiosas, deu origem a uma grande diversidade tanto social quanto econômica em território americano.
De uma forma geral, nas colônias do sul predominava a grande propriedade escravocrata (a plantation), onde prevalecia a monocultura através do trabalho escravo destinada a exportação. No centro-norte, as colônias americanas desenvolveram-se tendo como base a pequena e média propriedade, com certa diversidade na produção – ou policultura – utilização de mão-de-obra livre ou de servidão temporária visando, principalmente, o abastecimento interno. Em algumas regiões desenvolveu-se até mesmo a manufatura, com grande expansão marítima.
Essa característica socioeconômica colonial nortista possibilitou o crescimento das cidades e a acumulação de capitais por parte de uma burguesia nascente, que crescentemente entrava em contradição com os interesses da burguesia metropolitana. Ou seja, apesar de ser uma colônia, o Norte, ansiava por uma maior independência econômica e financeira em relação à metrópole.
Alie-se ao vigor capitalista nortista a grande autonomia política das colônias americanas, ou o que podemos chamar também de “autogoverno” e teremos um crescente e irreparável ponto de discórdia entre colônia-metrópole. Essa idéia de que poderiam e deveriam ter autonomia para se autogovernar fazia com que os colonos americanos questionassem ou simplesmente negligenciassem as leis metropolitanas, e mais do que isso, o objetivo do lucro, colocava as colônias americanas como potenciais concorrentes dos produtos ingleses.
Não obstante, esse choque de interesses entre metrópole e colônia, a guerra dos Sete Anos (1756-63) entre a França e a Inglaterra se estendeu à América, onde se disputava territórios na região dos Grandes Lagos, tornando ainda mais explosiva a insatisfação colonial. A vitória inglesa beneficiaria os colonos, que teriam as condições para expandir suas fronteiras territoriais, contudo, a Inglaterra criou uma série de resoluções – nem sempre respeitadas – que proibia o avanço colonial à Oeste e a exploração econômica dessas novas terras conquistadas. E para piorar a situação, os ingleses endividados com a guerra tinham aumentar a arrecadação, e com tal objetivo voltavam seus olhos para a sua formidável colônia na América.
Para clarificar um pouco a questão, podemos sintetizar da seguinte forma os principais pontos de atritos entre ingleses e norte-americanos:
  • O desenvolvimento econômico principalmente das colônias do centro-norte, que comumente se chocavam com os interesses ingleses.
  • Concorrência da produção das manufaturas norte-americanas.
  • A grande autonomia política das colônias norte-americanas e a negligência em relação às leis inglesas.
  • A Guerra dos Sete Anos, e o endividamento da Inglaterra, fazendo com que o governo inglês ampliasse as práticas monopolistas em suas colônias com o objetivo de aumentar a arrecadação metropolitana.
  • A proibição do avanço colonial à Oeste e a exploração econômica das novas terras conquistadas.

A representação abaixo faz referência a Guerra dos Sete Anos, e seus desdobramentos em território americano.

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