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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Imperialismo (1): As justificativas para a ação imperialista

Fonte: Imago História


O termo imperialismo deriva do latim e significa “ter o poder de mandar”. Em poucas palavras, trata-se da imposição de um controle direto ou indireto de um Estado, povo ou nação sobre outro. 
Devido ao desenvolvimento industrial do século XIX, os governos europeus ficaram interessados em expandir seu mercado consumidor por outras áreas do planeta, além de aumentar a aquisição de matérias-primas, como minérios e produtos agrícolas. Assim, iniciaram uma acirrada disputa por territórios no continente africano - o que nos leva a considerar o imperialismo como uma consequência da Revolução Industrial.
No imperialismo de finais do século XIX e início do XX o Estado tinha, portanto, a função de conquistar territórios e povos que facilitassem a expansão do capital interno e da industrialização do país. Nesse sentido, era comum os Estados europeus mandarem tropas com a finalidade de submeter os povos, organizar e administrar as regiões dominadas, num processo de colonização. Esse ímpeto imperialista levou a partilha do continente Asiático e Africano, além da dominação informal de toda a América Latina. 
Contudo, para dominar e subjugar imensas regiões e milhares de pessoas era necessário algumas justificativas. Elas existiam e eram apoiadas por amplos setores da sociedade dos países imperialistas que se sentiam superiores às populações dominadas. Entre as falácias que justificavam essa dominação pode-se citar:

  • A necessidade de levar o progresso e a civilidade para as nações atrasados. Segundo essa lógica, os povos dominados eram considerados atrasados e incivilizados e cabia às nações européias a missão de civilizar essas regiões errantes.

  • A percepção de que a obtenção de colônias era um fator que garantia status e prestígio frente às outras potências européias, ou seja, para ser uma grande potência era necessário exibir as suas colônias como troféus.

  • O etnocentrismo, que se baseava na idéia de que alguns povos eram superiores a outros. Neste caso os europeus eram superiores a asiáticos, indígenas e africanos.

  • Darwinismo social. Baseado na teoria da evolução de Darwin, que se propagou com o livro “A evolução das espécies” de 1859. Alguns pensadores se apropriaram das idéias de Darwin, e passaram a aplicar a teoria da seleção natural às sociedades humanas. Segundo a teoria dos darwinistas sociais algumas raças eram geneticamente superiores a outras, e neste caso os brancos, em especial europeus, eram superiores, mais evoluídos e progrediam mais rapidamente que os negros e asiáticos, tendo o direito, portanto, de quando em contato com os “selvagens” subjugá-los e crescer à custa de seu sacrifício. Ou seja, por serem menos evoluídos, a própria regra de seleção natural estaria condenando essas raças a sua inevitável extinção.

Observe o relato abaixo que procuram justificar a superioridade dos europeus em relação a outros povos:

Jules Ferry, 1885:

As raças superiores têm o direito perante as raças inferiores. Há para elas um direito porque há um dever para elas. As raças superiores têm o dever de civilizar as inferiores. Vós podeis negar; qualquer um pode negar que há mais justiça, mais ordem material e moral, mais equidade, mais virtudes sociais na África do Norte desde que a França a conquistou?


A Inglaterra, que era a maior potência industrial da época foi também a que mais vorazmente conquistou colônias e áreas de influência. Pode-se dizer que um terço do planeta estava de alguma forma sob o jugo da influência inglesa. Outras potências imperialistas de peso eram a França a Holanda e Bélgica. Uniam-se ao clube dos países imperialistas ainda a Itália e Alemanha, os Estados Unidos e Japão.

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