Powered By Blogger

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Como funciona a bolsa de valores e qual sua importância na crise?



 Quando uma empresa precisa de dinheiro para investir (para construir novas fábricas, por exemplo), ela pode pedir dinheiro emprestado aos bancos. Mas quando ela precisa de muito dinheiro, os juros dos bancos tornam o negócio um tanto caro e, talvez, o impossibilite. Neste momento a empresa pode decidir em abrir seu capital no mercado de ações. Neste caso, serão feitas diversas análises e cálculos para que se chegue estabelecer o preço de cada ação individual e quantas delas poderão ser lançadas no mercado. É o chamado “mercado primário”. Neste mercado, corretoras e bancos permitem que seus clientes comprem estas ações da empresa. Todo o dinheiro obtido com a venda das ações, pagando os devidos impostos, irá direto para o caixa da empresa – sem aqueles juros que os bancos cobrariam. Em troca, a empresa fica comprometida a dividir seu lucro líquido ajustado (25% dele, de acordo com a lei vigente) com cada pessoa que detém ações da empresa. Mas não se anime. Mesmo que uma empresa chegue a um lucro bilionário, há milhões ou bilhões de ações dela no mercado. No final, cada ação costuma render apenas alguns centavos. E este pagamento só é feita uma ou outra vez por ano. E se a empresa tiver prejuízo, você não recebe nada.
De qualquer maneira, após sair do “mercado primário”, os detentores iniciais das ações podem querem vendê-las a pessoas interessadas. É aí que entra a bolsa de valores, ou “mercado secundário”. Neste caso, quanto mais pessoas interessadas em comprar uma ação, mas ela tende a se valorizar. No geral, este interesse é mais especulativo, ou seja, na esperança que aquela ação irá se valorizar e, assim, o investidor poderá revendê-la por um preço maior e obter um lucro. O inverso também é verdadeiro: quando muitos querem se desfazer das ações e ninguém quer comprá-las, a tendência é que os possuidores diminuam o preço delas na tentativa de atrair compradores. A ação desvaloriza.
Mas este sobe e desce é normal. Apesar disto, vemos sempre nos noticiários uma explicação do porque a bolsa subiu ou caiu naquele dia. Embora fatores econômicos, financeiros e políticos influenciem, a não ser que estes sejam realmente sérios a oscilação da bolsa é apenas a flutuação natural da compra e venda de ações. Contudo vivemos em tempos conturbados. A crise dos EUA tem proporções mundiais e é profunda. Então, por que uma coisa influencia a outra?
Muitos bancos e investidores estrangeiros olham para os mercados mundiais e aplicam fortunas de olho no crescimento econômico e na possível valorização daqueles mercados. Contudo, em tempos duvidosos como o atual, estes bancos começam a tirar o dinheiro de mercados que podem sofrer os impactos da crise, como no caso do Brasil, o que diminuiria o ritmo da economia e, potencialmente, afetaria negativamente o preço das ações que o investidor detém. Como estes investidores começam a vender grandes quantidades de papéis e não há compradores suficientes (ou interessados), eles precisam baixar o preço até começarem a comprar, derrubando as cotações e os índices da bolsa.
E o que isso mexe no seu bolso ou na empresa que emitiu as ações? Se você não tem dinheiro investido em ações, não mexe em praticamente nada no seu bolso. Talvez suas aplicações em fundos de renda fixa rendam um pouco menos, mas dinheiro você não perde. Tampouco a empresa emissora dos papéis, porque o único momento em que ela recebeu dinheiro foi no mercado primário e, se ela vier a ter prejuízo, não tem a obrigação de pagar nada aos detentores das ações. De qualquer forma, é bom observar a bolsa. Ela é o termômetro da economia mundial. Sucessivas baixas (ou altas) podem indicar que alguma coisa está ocorrendo (ou está para ocorrer). E aí os governos e empresas têm como se preparar para possíveis adversidades (ou oportunidades) que possam aparecer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário