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sábado, 3 de novembro de 2012

O Imperialismo na África



  In: http://imagohistoria.blogspot.com.br/2009/10/imperialismo-na-africa.html
 
Durante século milhões de africanos foram escravizados e encaminhos à América para ter o seu trabalho explorado à exaustão. Mesmo assim, pode-se dizer que até o século XIX não existia muito interesse das potências européias em relação à dominação de grandes extensões territoriais na África. As feitorias (postos de comércio) bastavam aos interesses imediatos dos exploradores.
 O único país que tinha efetivamente uma presença marcante no continente era Portugal, ainda com seus resquícios da época de ouro das Grandes Navegações. Essa situação, contudo mudou muito rapidamente. De 1880 até o começo do século XX praticamente todo o continente africano era dominado pelas potências européias.
Os ingleses e os franceses foram os grandes dominadores da África. Marco inicial dessa colonização foi a ocupação da Colônia do Cabo pelos ingleses e da Argélia pelos franceses. Os franceses foram os primeiros também a adentrar o continente, e com isso se apossando de imensos territórios, não suficiente, dominando a população e obrigando-a a cultivar ou explorar produtos de exportação, como a borracha.
Como exemplo da dominação inglesa na África, podemos citar o caso do Êgito. A ocupação do Êgito está ligada à construção do Canal de Suez (que ficou pronto em 1869) que tinha a finalidade de ligar o mar Mediterrâneo ao mar Vermelho, ou seja, significava nada menos que a superação da tradicional rota marítima para as Índias, que datava da época das Grandes Navegações.
A obra acabou sendo financiada por franceses e pelos próprios egípcios, mas foram os ingleses, que se aproveitavam do endividamento egípcio (a Inglaterra investiu na construção de quase 1500 km de ferrovias, além de inúmeras outras obras) para forçar o governo local a vender suas ações do Canal de Suez, o que facilitou a intervenção inglesa tornando o Êgito um protetorado inglês, o perdurou até meados do século XIX. O Canal de Suez se tornou a rota marítima mais curta entre a Europa e o Oceano Índico, gerando imensos lucros para seus administradores.
Não podemos esquecer que na dominação européia as novas tecnologias bélicas foi um fator que facilitou amplamente a conquista da África e da Ásia pelos europeus. Foi a metralhadora, por exemplo, que abriu caminho para a colonização do Chade pelos franceses, onde apenas 320 soldados da França massacraram mais de 10 mil africanos.
 
Para oficializar a partilha da África os europeus se reuniram em 1885 na Conferência de Berlim, onde redesenharam um novo mapa de acordo com seus próprios interesses. Ao fazerem essa nova divisão geopolítica os europeus misturaram culturas, línguas e povos diferentes, ou apartaram populações que tinham uma grande identidade cultural. Com o processo de descolonização da áfrica, iniciado somente no pós Segunda Guerra Mundial, esse grande barril de pólvora seria acesso, levando inúmeros países africanos a guerras e a verdadeiros genocídios.


Abaixo a cartoon alemã de 1890 retrata um soposto "domingo a Tarde na África Ocidental". A imagem retrata os africanos ligados à selva, afirmando assim sua característica de um povo incivilizado, ligado a barbárie.

A imagem abaixo ilustra a natureza absurdamente violenta da ação imperialista na África.

Outro magnífico trabalho do brasileiro J. Carlos. Nessa cartoon temos uma inversão dos papéis comumente atribuídos a negros e brancos.

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