In: http://imagohistoria.blogspot.com.br/2009/10/imperialismo-na-africa.html
Durante século milhões de africanos
foram escravizados e encaminhos à América para ter o seu trabalho
explorado à exaustão. Mesmo assim, pode-se dizer que até o século XIX
não existia muito interesse das potências européias em relação à
dominação de grandes extensões territoriais na África. As feitorias
(postos de comércio) bastavam aos interesses imediatos dos exploradores.
O único país que tinha efetivamente uma
presença marcante no continente era Portugal, ainda com seus resquícios
da época de ouro das Grandes Navegações. Essa situação, contudo mudou
muito rapidamente. De 1880 até o começo do século XX praticamente todo o
continente africano era dominado pelas potências européias.
Os ingleses e os franceses foram os
grandes dominadores da África. Marco inicial dessa colonização foi a
ocupação da Colônia do Cabo pelos ingleses e da Argélia pelos franceses.
Os franceses foram os primeiros também a adentrar o continente, e com
isso se apossando de imensos territórios, não suficiente, dominando a
população e obrigando-a a cultivar ou explorar produtos de exportação,
como a borracha.
Como exemplo da dominação inglesa na
África, podemos citar o caso do Êgito. A ocupação do Êgito está ligada à
construção do Canal de Suez (que ficou pronto em 1869)
que tinha a finalidade de ligar o mar Mediterrâneo ao mar Vermelho, ou
seja, significava nada menos que a superação da tradicional rota
marítima para as Índias, que datava da época das Grandes Navegações.
A obra acabou sendo financiada por
franceses e pelos próprios egípcios, mas foram os ingleses, que se
aproveitavam do endividamento egípcio (a Inglaterra investiu na
construção de quase 1500 km de ferrovias, além de inúmeras outras obras)
para forçar o governo local a vender suas ações do Canal de Suez, o que
facilitou a intervenção inglesa tornando o Êgito um protetorado inglês,
o perdurou até meados do século XIX. O Canal de Suez se tornou a rota
marítima mais curta entre a Europa e o Oceano Índico, gerando imensos
lucros para seus administradores.
Não podemos esquecer que na dominação
européia as novas tecnologias bélicas foi um fator que facilitou
amplamente a conquista da África e da Ásia pelos europeus. Foi a
metralhadora, por exemplo, que abriu caminho para a colonização do Chade
pelos franceses, onde apenas 320 soldados da França massacraram mais de
10 mil africanos.
Para oficializar a partilha da África os
europeus se reuniram em 1885 na Conferência de Berlim, onde
redesenharam um novo mapa de acordo com seus próprios interesses. Ao
fazerem essa nova divisão geopolítica os europeus misturaram culturas,
línguas e povos diferentes, ou apartaram populações que tinham uma
grande identidade cultural. Com o processo de descolonização da áfrica,
iniciado somente no pós Segunda Guerra Mundial, esse grande barril de
pólvora seria acesso, levando inúmeros países africanos a guerras e a
verdadeiros genocídios.
Abaixo a cartoon alemã de 1890 retrata
um soposto "domingo a Tarde na África Ocidental". A imagem retrata os
africanos ligados à selva, afirmando assim sua característica de um povo
incivilizado, ligado a barbárie.
A imagem abaixo ilustra a natureza absurdamente violenta da ação imperialista na África.
Outro magnífico trabalho do brasileiro
J. Carlos. Nessa cartoon temos uma inversão dos papéis comumente
atribuídos a negros e brancos.
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