quarta-feira, 21 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
sábado, 10 de novembro de 2012
Resolução do Estudo dirigido (O Brasil depois da ditadura) - 9ºs anos
1. Faça uma linha do tempo, na
qual aponte os nomes dos presidentes brasileiros após a ditadura militar,
colocando como marcos iniciais e finais os seus respectivos mandatos.
1985 –
1990: Sarney; 1990 – 1992: Collor; 1992 – 1994: Itamar; 1995 – 2002: FHC; 2003
– 2010: Lula
2. Cite um fato ou medida que
você considere importante no governo de José Sarney. Explique sua escolha.
Livre
escolha (do aluno).
3. A Constituição de 1988 é
conhecida também como “Carta Cidadã”. Você concorda com isso? Por quê?
Resposta a
critério do aluno, mas se espera que ele seja capaz de perceber que a
Constituição de 1988 restaurou a ordem democrática no Brasil, trouxe avanços
políticos e sociais, na medida em que contemplou direitos essenciais para o
exercício da cidadania (tornou racismo e tortura crimes inafiançáveis, voto
obrigatório a todos os brasileiros acima de 18 anos e facultativo para os
maiores de 70 anos, os jovens entre os 16 e 18 e os analfabetos, retomou as eleições
diretas para presidente, jornada máxima de trabalho de 44 horas semanais,
licença-maternidade de 120 dias, criou o seguro-desemprego e o FGTS,
licença-paternidade de 5 dias, direito de greve e liberdade sindical, o
habeas-corpus e o fim da censura prévia aos meios de comunicação, legalização
dos partidos políticos, direitos dos indígenas às terras que tradicionalmente
ocupavam assegurados).
4. Quem foi o primeiro
presidente eleito por voto direto no Brasil após o período do regime militar?
Fernando Collor
de Melo
5. Por que o presidente Collor
sofreu o processo de impeachment? (pesquise o significado da palavra).
Impeachment é uma expressão inglesa
usada para designar a cassação de um chefe do Poder Executivo. Significa também
impedimento, impugnação de mandato, retirar do cargo uma autoridade pública do
poder Executivo. Durante o governo Collor, foi
descoberto um esquema de corrupção chefiado por seu tesoureiro. Com isso,
multidões saíram às ruas para protestar, e, pela primeira vez no Brasil, o
processo de impeachment foi colocado em prática. Collor foi cassado, perdendo
seus direitos políticos por um prazo de 8 anos.
6. Em que governo o Brasil
adotou a moeda “real”? Quem foi o seu idealizador?
Itamar
Franco; FHC.
7. O governo de Fernando
Henrique se caracterizou por uma política neoliberal. O que isso significa?
O
neoliberalismo é uma doutrina econômica que retoma alguns princípios do
liberalismo clássico, como a total liberdade de mercado, além da intervenção
mínima do Estado na economia. No governo FHC, essa doutrina foi colocada em
prática através da abertura ao capital estrangeiro e privatizações de empresas
estatais, no intuito de diminuir os gastos públicos.
8. A política econômica do
governo Lula representou uma ruptura em relação ao governo anterior?
O governo
Lula, ao assumir o governo, não adotou políticas radicais, dando segmento à
política econômica do governo anterior. Caracterizou-se pela baixa inflação,
que ficou controlada, redução do desemprego e constantes recordes da balança
comercial.
9. Quais as principais medidas
sociais da gestão Lula?
Foi
implantado um programa de auxílio mensal em dinheiro para famílias pobres,
conhecido como Bolsa Família, e o aumento do salário mínimo, entre outras
coisas.
10. Você viu que após o fim da
URSS, o mundo passou a viver sob uma nova ordem (multipolar). A partir de suas
características, pôde-se perceber o surgimento de uma sociedade globalizada. O
que você entende por isso?
Globalização
é o nome que se dá ao processo de integração econômica sob a égide do neoliberalismo.
No entanto, com o impulso recebido pelo barateamento dos meios de transporte e
de comunicação, ela também pode ser percebida nos campos político, social e
cultural.
11. Em que momento (mandato) você
consegue perceber o Brasil adotando medidas que o inseririam no processo de
globalização?
No
início da década de 1990, o país passa a adotar idéias liberais, abrindo o seu
mercado interno, criando maior liberdade para a entrada de mercadorias e de
investimentos externos, derrubando assim algumas barreiras protecionistas.
Resolução do estudo dirigido – A mineração e suas consequências (7º ano)
1.
Quando
e onde foram encontradas as primeiras minas de ouro no Brasil? (coloque data e
século)
Em 1693, século XVII, Ouro Preto.
2.
Quais
as medidas adotadas por Portugal para controlar a extração do minério e a
cobrança de impostos?
Criou a Capitania de Minas Gerais (1720), as Casas de
Fundição e transferiu a capital de Salvador para o Rio de Janeiro (1763).
3.
O que
era o quinto real?
Imposto equivalente a 20% de toda a produção de ouro e
pedras preciosas.
4.
Relacione
a expressão “santo do pau oco” com a tributação cobrada pelo governo aos
mineradores.
Muitos mineradores, insatisfeitos com a alta tributação
paga ao governo de Portugal, tentavam contrabandear o ouro para evitar o
pagamento dos impostos. Eles procuravam esconder o metal em vários locais, como
dentro dos chapéus ou botas, debaixo da sela do cavalo ou dentro de suas armas.
Outra maneira de esconder era colocá-lo dentro de estatuetas de santos feitas
de madeira e ocas por dentro, que ficaram conhecidas como “santos do pau oco”.
5.
Quem
foram os tropeiros e o monçoeiros?
Tropeiros e monçoeiros eram pessoas que realizavam o
comércio ou abastecimento da região mineradora. Enquanto os primeiros o faziam
através de mulas (terrestres), os outros o faziam através dos rios (expedições
fluviais).
6.
Quais
as mudanças ocorridas na Colônia após a descoberta de minas de ouro e de
diamantes? (cite e comente ao menos três).
Devido ao grande deslocamento de pessoas para a região
das minas, foram sendo formadas várias vilas e cidades no interior do
território.
Foram abertos vários caminhos, que propiciaram uma maior
ligação entre as regiões da Colônia, a partir das necessidades de abastecimento
para a região mineradora.
A capital do Brasil foi transferida de Salvador para o
Rio de Janeiro.
7.
Cite
cidades brasileiras que surgiram através da mineração.
Ponta Grossa, no Paraná, Anápolis, em Goiás, etc.
8.
O que
foi o Tratado de Madri?
O Tratado de Madri foi um acordo assinado entre Portugal
e Espanha, em 1750, na tentativa de delimitar as novas fronteiras de suas
colônias na América. Nele, ficou definido que o direito a um território seria
da nação que efetivamente o ocupava. Além disso, as fronteiras seriam
determinadas, principalmente, por limites naturais, como rios e montanhas.
9.
Leia
o texto “A Guerra dos Sete Povos das Missões” (p. 39 a 41) e relacione este
episódio com o Tratado de Madri.
Esta guerra tem sua origem vinculada ao Tratado de Madri,
visto que, a partir do que ficou definido em relação aos limites territoriais
baseados em limites naturais, desconsiderou a pré-ocupação e necessidades dos
povos nativos que lá viviam – provocando reação por parte destes e confrontos
com as tropas portuguesas.
10.
O que
você achou desta Guerra? (responda apontando algum trecho lido que contribuiu
para que você formasse esta opinião).
Resolução do estudo dirigido – A busca por minérios e as bandeiras (7º ano)
1. Durante o
domínio holandês do Nordeste brasileiro (1630 – 1654), vigorava a chamada União
Ibérica. Você lembra o que foi? Explique-a.
O período entre
1580 e 1650, no qual Portugal ficou sob domínio espanhol, após a unificação das
duas coroas ibéricas.
2. Qual a
situação de Portugal após o fim da União das Coroas Ibéricas?
Portugal se
encontrava em difícil situação econômica devido à perda de grande parte de suas
colônias no Oriente e na África. Além disso, a frota naval portuguesa estava em
péssimas condições devido à falta de manutenção e ao confisco (apreensão) de
embarcações por parte dos espanhóis. Para piorar a situação, o Nordeste
brasileiro, que era a principal região produtora de açúcar na Colônia,
continuava sob domínio holandês.
3. Quando e por
que o governo português criou o Conselho Ultramarino e as Companhias de
Comércio? Quais as suas funções?
O Conselho
Ultramarino e as Companhias de Comércio foram criados para melhorar a
administração da Colônia (uma espécie de renovação administrativa do reino
português) e reforçar o controle sobre o comércio (numa tentativa de resolver a
crise econômica) e limitar a participação de estrangeiros nos negócios da
Colônia, respectivamente.
Enquanto a principal
função do Conselho Ultramarino era manter a Coroa informada sobre os assuntos
relativos às suas colônias, como a cobrança de impostos, a manutenção das
fortificações e as condições de povoamento, as Companhias de Comércio deveriam
controlar a venda dos produtos consumidos pelos colonos, garantir o
fornecimento de escravos, manter a frota armada para proteger os navios e
financiar o transporte do açúcar para a Europa.
4. Quando a
União Ibérica terminou o Brasil já havia expulsado os holandeses?
Não, isso só
aconteceu em 1654.
5. Por que a
presença holandesa no Nordeste do Brasil representava um problema para
Portugal?
Por que o Nordeste
era a principal região produtora de açúcar na Colônia.
6. Explique por
que a expulsão dos holandeses não melhorou a situação econômica do Brasil.
Após a expulsão, os holandeses, que haviam
aprendido, no dia-a-dia dos engenhos, as técnicas de produção do açúcar,
passaram a produzi-lo em suas colônias nas Antilhas. Como possuíam contatos
comerciais na Europa, conseguiram negociar preços melhores de seu produto,
causando uma drástica redução da venda do açúcar brasileiro por lá, o que
aumentou a crise econômica de Portugal.
7. Que
alternativa a Metrópole portuguesa encontrou para tentar resolver a crise
financeira?
Intensificou a procura
por minerais preciosos no solo brasileiro. Ou seja, buscou encontrar uma nova
atividade econômica que gerasse mais lucros.
8. Quando o
governo português intensificou a busca por novas riquezas?
A partir do século XVII (encontrou em 1693).
9. Quem foram
os bandeirantes?
Habitantes da vila
de São Paulo que organizavam expedições para capturar indígenas e vendê-los
para trabalhar como escravos nos engenhos do litoral ou nas fazendas paulistas.
10. Por que os
bandeirantes formavam o grupo mais capacitado para empreender a busca por
jazidas de minérios?
Os paulistas,
mestiços de portugueses com os indígenas, detinham conhecimento, não apenas dos
caminhos, mas das técnicas de sobrevivência no clima e natureza rudes do
sertão.
11. Diferencie
bandeiras de preação e prospecção.
Enquanto as
bandeiras de preação buscavam capturar indígenas para vendê-los, as de
prospeção tinha como principal objetivo localizar jazidas de minerais
preciosos.
12. Qual a
relação das bandeiras com a expansão do território brasileiro?
As expedições, ao adentrar
o território, foram fator primordial para conquista e povoamento do território,
contribuindo para o aumento do território da Colônia. Avançando além das
fronteiras delimitadas pelo Tratado de Tordesilhas, os bandeirantes, pouco a
pouco, mudariam as linhas de demarcação da ocupação da terra dando à Colônia
portuguesa um novo traçado.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
sábado, 3 de novembro de 2012
Fim da Guerra Fria
In:http://imagohistoria.blogspot.com.br/2012/04/guerra-fria-9-de-9-fim-da-guerra-fria.html
Entre os fatores que marcam o colapso da UESS pode-se mencionar:
· A corrida armamentista exigiu grandes investimentos, agravando as dificuldades econômicas para a URSS.
· O acidente nuclear de Chernobyl, que mostrava exatamente essa fragilidade soviética, acentuando os protestos contra o regime. O acidente deu origem a uma grande nuvem radioativa, que equivalia a cem vezes toda a radiação provocada pelas bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki juntas. Calcula-se que cerca de 30 mil pessoas morreram pelos efeitos da radiação e mais de 5 milhões ficaram expostas ao efeito radioativo. O governo soviético admitiu que houvesse algo de errado somente 4 dias após o acidente, e demorou duas semanas para reconhecer a real gravidade de Chernobyl.
· A estagnação tecnológica. Durante a década de 1970 e 80 a distância entre as grandes potências capitalistas e a URSS se evidenciou um verdadeiro abismo. Os soviéticos haviam ficado muito distanciados do bloco capitalista nas áreas de ciência e tecnologia, como, por exemplo, a informática. Enquanto as economias capitalistas adotavam os princípios do toyotismo e revolucionavam as técnicas produtivas e gerenciais, a URSS ainda permanecia com técnicas taylorista. Efetivamente, somente na corrida armamentista e na corrida espacial os soviéticos conseguiam se igualar aos EUA.
· Por outro lado a economia planificada e a falta de perspectiva de obtenção de lucros ou melhoria no nível de vida faziam com que se disseminasse uma grande falta de estímulo pelo trabalho.
· O não convencimento do discurso igualitário em face de uma elite soviética que desfrutava de benefícios diferenciados.
No ano de 1985, Mikhail Gorbachev assumiu o cargo de Secretário Geral do Partido Comunista, galgando grande prestígio internacional e surpreendendo o mundo com a sua proposta de reduzir 50% das armas estratégicas soviéticas e acabar com os arsenais atômicos até o ano de 2000. Os americanos ficaram atônitos, principalmente, porque na mesma época os americanos tentavam intensificar a Guerra Fria com o projeto “Guerra nas Estrelas”, que pretendia criar um espetacular sistema de defesa contra ataques externos.
Para tentar resolver esses problemas estruturais da URSS, Mikhail Gorbatchev aplicou dois grandes planos de reforma. A perestroika (que significa reestruturação) era uma reforma econômica, destinando especial atenção para a produção de bens de consumo, o que na visão de Gorbachev era um dos grandes desafios para a manutenção do socialismo. Segundo essa perspectiva deveria ser observada uma maior qualidade na produção das mercadorias, descentralizando o sistema produtivo, passando inclusive, pela diminuição do orçamento militar, com a retirada das tropas do Afeganistão.
Por outro lado, Gorbatchev deu início a um processo de abertura cultural e redução dos instrumentos de censura, que ficou conhecido como glasnost (transparência). A glasnost dizia respeito à "liberdade de expressão" e a transparência das ações do governo, retirando a forte censura que o governo comunista impunha.
A perestroika não alcançou os efeitos desejados, a glasnost, em compensação, numa população sedenta de liberdade, avançou muito além do que era desejado. Os questionamentos e contestações se multiplicavam: Chernobyl, a ineficiência da burocracia, o atraso tecnológico e a péssima qualidade dos produtos, o autoritarismo, os privilégios das classes dirigentes, racionamentos de alimentos e combustíveis, etc.
Essas medidas afirmavam, por um lado, o fim da corrida armamentista e, por outro lado, o afrouxamento do Pacto de Varsóvia. Com problemas econômicos e críticas pululando por todos os lados, a URSS abria brechas para que suas áreas de influência começassem, igualmente, a questionar o domínio soviético.
A partir de 1988 os regimes socialistas começaram a cair um a um e a URSS não tinha condições políticas para fazer a repressão tal qual havia ocorrido em 1956 na Hungria e 1968 na Tchecoslováquia.
O primeiro a colocar fim ao regime socialista foi à Hungria, em 1988, sem a intervenção das tropas soviéticas, que se retiraram pacificamente. A onda democrática atingiu em seguida a Polônia, culminando com a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989 e a posterior proposta de anexação das Alemanhas. Seguiram-se processos democratizantes na Bulgária, Romênia e Tchecoslováquia. Na Iugoslávia, o fim do comunismo levou a uma guerra étnica entre os sérvios e os croatas entre 1991 e 1992, dando origem a Eslovênia, Sérvia, Croácia, além da Bósnia Herzegovina, da Macedônia e de Montenegro.
O esmorecer do comunismo levou a derrocada de Gorbachev, e a explosão dos nacionalismos nas várias repúblicas que formavam a URSS sob o comando da Rússia e do Partido Comunista. Em março de 1990 a Lituânia proclamou a sua independência, em junho era a vez da Ucrânia e da Bielo-Rússia, em abril a Geórgia. Por fim, no dia 25 de dezembro 1991, Gorbachev, anunciava o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, renunciando ao cargo que ocupava, e ao seu sonho de ver um mundo socialista. Pode-se dizer que ao abrir mão de parte do poder, Gorbachev perdeu todo ele.
· A corrida armamentista exigiu grandes investimentos, agravando as dificuldades econômicas para a URSS.
· O acidente nuclear de Chernobyl, que mostrava exatamente essa fragilidade soviética, acentuando os protestos contra o regime. O acidente deu origem a uma grande nuvem radioativa, que equivalia a cem vezes toda a radiação provocada pelas bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki juntas. Calcula-se que cerca de 30 mil pessoas morreram pelos efeitos da radiação e mais de 5 milhões ficaram expostas ao efeito radioativo. O governo soviético admitiu que houvesse algo de errado somente 4 dias após o acidente, e demorou duas semanas para reconhecer a real gravidade de Chernobyl.
· A estagnação tecnológica. Durante a década de 1970 e 80 a distância entre as grandes potências capitalistas e a URSS se evidenciou um verdadeiro abismo. Os soviéticos haviam ficado muito distanciados do bloco capitalista nas áreas de ciência e tecnologia, como, por exemplo, a informática. Enquanto as economias capitalistas adotavam os princípios do toyotismo e revolucionavam as técnicas produtivas e gerenciais, a URSS ainda permanecia com técnicas taylorista. Efetivamente, somente na corrida armamentista e na corrida espacial os soviéticos conseguiam se igualar aos EUA.
· Por outro lado a economia planificada e a falta de perspectiva de obtenção de lucros ou melhoria no nível de vida faziam com que se disseminasse uma grande falta de estímulo pelo trabalho.
· O não convencimento do discurso igualitário em face de uma elite soviética que desfrutava de benefícios diferenciados.
No ano de 1985, Mikhail Gorbachev assumiu o cargo de Secretário Geral do Partido Comunista, galgando grande prestígio internacional e surpreendendo o mundo com a sua proposta de reduzir 50% das armas estratégicas soviéticas e acabar com os arsenais atômicos até o ano de 2000. Os americanos ficaram atônitos, principalmente, porque na mesma época os americanos tentavam intensificar a Guerra Fria com o projeto “Guerra nas Estrelas”, que pretendia criar um espetacular sistema de defesa contra ataques externos.
Para tentar resolver esses problemas estruturais da URSS, Mikhail Gorbatchev aplicou dois grandes planos de reforma. A perestroika (que significa reestruturação) era uma reforma econômica, destinando especial atenção para a produção de bens de consumo, o que na visão de Gorbachev era um dos grandes desafios para a manutenção do socialismo. Segundo essa perspectiva deveria ser observada uma maior qualidade na produção das mercadorias, descentralizando o sistema produtivo, passando inclusive, pela diminuição do orçamento militar, com a retirada das tropas do Afeganistão.
Por outro lado, Gorbatchev deu início a um processo de abertura cultural e redução dos instrumentos de censura, que ficou conhecido como glasnost (transparência). A glasnost dizia respeito à "liberdade de expressão" e a transparência das ações do governo, retirando a forte censura que o governo comunista impunha.
A perestroika não alcançou os efeitos desejados, a glasnost, em compensação, numa população sedenta de liberdade, avançou muito além do que era desejado. Os questionamentos e contestações se multiplicavam: Chernobyl, a ineficiência da burocracia, o atraso tecnológico e a péssima qualidade dos produtos, o autoritarismo, os privilégios das classes dirigentes, racionamentos de alimentos e combustíveis, etc.
Essas medidas afirmavam, por um lado, o fim da corrida armamentista e, por outro lado, o afrouxamento do Pacto de Varsóvia. Com problemas econômicos e críticas pululando por todos os lados, a URSS abria brechas para que suas áreas de influência começassem, igualmente, a questionar o domínio soviético.
A partir de 1988 os regimes socialistas começaram a cair um a um e a URSS não tinha condições políticas para fazer a repressão tal qual havia ocorrido em 1956 na Hungria e 1968 na Tchecoslováquia.
O primeiro a colocar fim ao regime socialista foi à Hungria, em 1988, sem a intervenção das tropas soviéticas, que se retiraram pacificamente. A onda democrática atingiu em seguida a Polônia, culminando com a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989 e a posterior proposta de anexação das Alemanhas. Seguiram-se processos democratizantes na Bulgária, Romênia e Tchecoslováquia. Na Iugoslávia, o fim do comunismo levou a uma guerra étnica entre os sérvios e os croatas entre 1991 e 1992, dando origem a Eslovênia, Sérvia, Croácia, além da Bósnia Herzegovina, da Macedônia e de Montenegro.
O esmorecer do comunismo levou a derrocada de Gorbachev, e a explosão dos nacionalismos nas várias repúblicas que formavam a URSS sob o comando da Rússia e do Partido Comunista. Em março de 1990 a Lituânia proclamou a sua independência, em junho era a vez da Ucrânia e da Bielo-Rússia, em abril a Geórgia. Por fim, no dia 25 de dezembro 1991, Gorbachev, anunciava o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, renunciando ao cargo que ocupava, e ao seu sonho de ver um mundo socialista. Pode-se dizer que ao abrir mão de parte do poder, Gorbachev perdeu todo ele.
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