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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Resolução da atividade de texto (Entendendo a Guerra do Paraguai - 8º ano)



Em meados do século XIX, o Paraguai era um país que tentava se modernizar. Em comparação com os seus vizinhos sul-americanos, até que conseguia um relativo sucesso: não tinha dívida externa alarmante, não possuía escravos, o governo tinha certa preocupação em relação ao ensino público, e havia um processo de distribuição de terras para o cultivo.
Sem se submeter ao capital estrangeiro, o país desenvolvia, com recursos próprios, suas ferrovias, fábricas de tecidos, telégrafos, estaleiros, metalúrgicas e instrumentos agrícolas. Tarifas alfandegárias altas protegiam os produtos nacionais. Dessa forma, o Paraguai marchava em sua tentativa de modernização.
Assim, uma das possibilidades em relação aos motivos que levaram à Guerra do Paraguai (1864 – 1870) é exatamente o processo de expansão do território paraguaio (que pretendia ter acesso ao Atlântico), bem como o controle do eixo econômico estratégico representado pelo Rio da Prata e sua rede hidrográfica, importantíssimo para o desenvolvimento da região.
Frente à ofensiva paraguaia, o império brasileiro se aliou com as elites dos países platinos (Argentina e Uruguai), formando a Tríplice Aliança, contra Solano Lopez (do Paraguai). Era comum a imprensa brasileira retratar Solano López como um tirano louco. Caçado pelos brasileiros, o comandante paraguaio não teve direito à clemência: foi morto com golpes de lança e tiro nas costas. Depois, seu corpo foi mutilado e pisoteado por soldados brasileiros.
Nas tropas brasileiras, a maioria dos soldados era de origem negra ou mestiça. Muitos escravos foram alforriados para lutar na guerra e, em troca, seus proprietários receberam uma indenização do governo brasileiro. As mulheres participaram ativamente da Guerra do Paraguai.
Terminada a guerra, o Paraguai ficou em ruínas: 75% de sua população foi exterminada; a indústria e agricultura, destruídas, nunca mais se recuperaram; as terras e as ferrovias foram vendidas a estrangeiros. E os vencedores? A Argentina anexou parte do território paraguaio e se tornou o mais forte dos países do Prata; o Uruguai (beneficiado com o fluxo de distribuição de materiais) sai fortalecido na sua economia; e o Brasil (com um exército constituído na maior parte de gente humilde e escravos) perdeu cerca de 100 mil homens, pediu mais dinheiro à Inglaterra e restou combalido financeiramente até o final do Império.
O governo brasileiro conseguiu confirmar as fronteiras que eram reivindicadas antes da guerra começar. Além disso, o conflito armado provocou a modernização e o fortalecimento institucional do Exército brasileiro. Com a maioria de seus oficiais comandantes provenientes da classe média urbana e seus soldados recrutados entre a população pobre e os escravos, o Exército brasileiro se tornou uma força política importante, apoiando os movimentos republicanos e abolicionistas que levaram ao fim do regime monárquico no Brasil.
Se para o governo brasileiro o episódio que deu início à guerra foi o aprisionamento do navio Marquês de Olinda, para os paraguaios, a ofensiva partiu do Brasil com sua intervenção militar na região platina. Os frutos da guerra (venda de navios, empréstimos financeiros e livre comércio na bacia platina), no entanto, foram colhidos pela Inglaterra.

De posse destas informações, responda:

1.       Quais os países envolvidos na Guerra do Paraguai? Quando ocorreu?
2.       O que a Guerra do Paraguai colocava em jogo? Qual o estopim para a Guerra?
3.       Quais foram os maiores beneficiados com ela? Quais os resultados da guerra para o Paraguai? E para o Brasil?
4.       Você acha que o Brasil tem uma dívida histórica com o Paraguai? Por quê?

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