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quinta-feira, 29 de março de 2012

A revolução americana


Antes da Independência, os EUA eram formados por treze colônias controladas pela metrópole: a Inglaterra. Dentro do contexto histórico do século XVIII, os ingleses usavam estas colônias para obter lucros e recursos minerais e vegetais não disponíveis na Europa. Era também muito grande a exploração metropolitana, com relação aos impostos e taxas cobrados dos colonos norte-americanos.


Colonização dos Estados Unidos


Para entendermos melhor o processo de independência norte-americano é importante conhecermos um pouco sobre a colonização deste território. Os ingleses começaram a colonizar a região no século XVII. A colônia recebeu dois tipos de colonização com diferenças acentuadas:


- Colônias do Norte : região colonizada por protestantes europeus, principalmente ingleses, que fugiam das perseguições religiosas. Chegaram na América do Norte com o objetivo de transformar a região num próspero lugar para a habitação de suas famílias. Também chamada de Nova Inglaterra, a região sofreu uma colonização de povoamento com as seguintes características : mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o consumo do mercado interno.


- Colônias do Sul : colônias como a Virginia, Carolina do Norte e do Sul e Geórgia sofreram uma colonização de exploração. Eram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir o Pacto Colonial. Eram baseadas no latifúndio, mão-de-obra escrava, produção para a exportação para a metrópole e monocultura.


Guerra dos Sete Anos


Esta guerra ocorreu entre a Inglaterra e a França entre os anos de 1756 e 1763. Foi uma guerra pela posse de territórios na América do Norte e a Inglaterra saiu vencedora. Mesmo assim, a metrópole resolveu cobrar os prejuízos das batalhas dos colonos que habitavam, principalmente, as colônias do norte. Com o aumento das taxas e impostos metropolitanos, os colonos fizeram protestos e manifestações contra a Inglaterra.


Metrópole aumenta taxas e impostos


A Inglaterra resolveu aumentar vários impostos e taxas, além de criar novas leis que tiravam a liberdade dos norte-americanos. Dentre estas leis podemos citar: Lei do Açúcar, a  Lei do Selo  e a Lei da Moeda, Lei do Açúcar.

Estas taxas e impostos geraram muita revolta nas colônias. O Parlamento reafirmou sua prerrogativa de legislar sobre todos os assuntos das colônias, incluindo as taxações. Os colonos, por sua vez, argumentaram que jamais haviam pago impostos além daqueles decretados pelas autoridades locais ou das taxas ligadas ao comércio. Lembraram ainda que eram cidadãos ingleses, mas não estavam representados no Parlamento - e um dos principais princípios da lei inglesa era o de que não haveria tributação sem que os representantes dos cidadãos houvessem votado os impostos. Surgiu, desse modo, a palavra de ordem que serviria para chamar o povo à causa dos patriotas contra a metrópole: "Nenhuma taxação sem representação".

O massacre de Boston

Com a imposição das leis inglesas nas colônias, vários protestos ocorreram em diferentes cidades, entre elas Boston, em Massachusetts.
Em meio a um desses protestos, um incidente que ficou conhecido como Massacre de Boston acabou servindo de propaganda revolucionária contra a Inglaterra. O incidente ocorreu em 1770, quando uma multidão de colonos que protestava contra as novas leis foi alvejada por soldados britânicos, resultando em cinco mortos, além de vários feridos. O tiroteio ocorreu praticamente no mesmo momento em que o novo primeiro-ministro britânico, sob pressão dos colonos, revogava a maioria das leis, com exceção da referente ao comércio do chá. Isso causou irritação entre os colonos, uma vez que o chá era um produto muito consumido e apreciado pelos habitantes da colônia.

A festa do chá de Boston

O comércio do chá foi o que levou a crise em Boston ao extremo. Em 1773, o governo inglês deu à Companhia das Índias Orientais condições privilegiadas para que ela vendessem sua produção de chá na América - a medida isentava-a do pagamento de impostos sobre o comércio desse produto na América. Isso abria um precedente para que a Coroa inglesa estabelecesse monopólios em outras atividades comerciais. Em protesto, os colonos de Boston se disfarçaram de indígenas e invadiram os primeiros navios carregados de chá que chegaram ao porto, lançando sua carga na água.


As Leis Intoleráveis

A resposta da metrópole se traduziu, em 1774, nas Leis Intoleráveis. Destacava-se a Lei do Porto de Boston, que fechava o porto até o pagamento integral do chá lançado ao mar; a Lei do Aboletamento, ordenando às autoridades que dessem alojamento adequado aos soldados ingleses; a restrição do direito de reunião entre os colonos; e a Lei de Quebec, que garantia aos habitantes franceses do Canadá a liberdade de religião e de costumes.


Primeiro Congresso da Filadélfia


Os colonos do norte resolveram promover, no ano de 1774, um congresso para tomarem medidas diante de tudo que estava acontecendo. Este congresso não tinha caráter separatista, pois pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam o fim das medidas restritivas impostas pela metrópole e maior participação na vida política da colônia. O Congresso contou com representantes de todas as colônias, com exceção da Geórgia.


Sua primeira medida foi a criação de uma Associação Continental, juntamente com o plano de não importar nem consumir produtos ingleses, além de proibir qualquer exportação de produtos americanos para a Inglaterra. O resultado foi uma drástica redução das importações de produtos britânicos, demonstrando a eficácia da associação como instrumento de pressão econômica e política. Assim, crescia o abismo entre as colônias e a Inglaterra.


Segundo Congresso da Filadélfia


Em 1775, os colonos se reuniram no segundo congresso com o objetivo de decidir a respeito de seu posicionamento político perante a Inglaterra. Até aquele momento, as opiniões favoráveis à separação política da Metrópole ainda não eram unânimes.
Durante o congresso foi decidido que os colonos decretariam sua independência e, se necessário, declarariam guerra aos ingleses. Os conflitos armados contribuíram para que segmentos conservadores do sul aderissem às idéias libertadoras. George Washington foi nomeado comandante das tropas americanas e, por fim, foi escolhida uma comissão, sob a liderança de Thomas Jefferson, responsável para elaborar a Declaração da Independência das Treze Colônias, que ficou pronta em 04 de julho de 1776.
 Declaração de Independência

Thomas Jefferson 


A Declaração de Independência
A Declaração de Independência das Treze Colônias foi baseada nos princípios iluministas de John Locke; ela determinava que as colônias passariam a ser estados livres e independentes da Inglaterra, e que cada um deles teria autonomia para aprovar suas próprias leis.
Além disso, esse documento determinou que, se o governo não respeitasse os direitos dos cidadãos, poderia ser deposto e substituído. A Declaração, no entanto, não considerava cidadãos os escravos, as mulheres e os estrangeiros.

As guerras de Independência

Com a Declaração de Independência, os conflitos entre os norte-americanos e ingleses se intensificaram. Sob o comando de George Washington, os colonos enfrentaram o exército inglês e, com apoio militar e econômico da França, conseguiram importantes vitórias. Esses conflitos duraram cerca de seis anos, até que, em 1781, o exército inglês foi derrotado e expulso da América. Mas, só no ano de 1783 a Inglaterra reconheceria a independência americana.



Constituição dos Estados Unidos


Após a independência, era o momento de definir a forma de organização do Estado a ser seguida. Havia duas propostas diferentes relacionadas a essa questão: a federalista, ou seja, a união de estados que têm certa autonomia, mas que estão submentidos a um Governo Central, e a antifederalista. Ambos concordavam quanto ao limite da autonomia dos Estados, mas discordavam quanto ao limite de atuação de cada governo.
Para os federalistas, o governo central deveria ser forte o suficiente para representar diplomaticamente o país e também garantir a criação e a aplicação de leis inclusive na esfera local. Já para os antifederalistas, o governo simplesmente atuaria como administrador, sem interferir nos interesses comerciais e na elaboração de leis de cada região. Venceu a proposta federalista, que até hoje é a forma de organização de Estado do país.
Em 1787, ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos com fortes características iluministas. Adotou a divisão de poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), garantia a propriedade privada (interesse da burguesia), manteve a escravidão, optou pelo sistema de república federativa e defendia os direitos e garantias individuais do cidadão.
A importância da Constituição
A Constitução americana foi muito importante, pois estabeleceu as bases para a formação de uma República, a primeira da história da América. Por essa razão, a Constituição dos Estados Unidos da América influenciou não somente alguns Estados europeus, mas também as demais colônias americanas, que se inspiraram nela para estabelecer as bases de suas próprias leis.


AGORA RESPONDA:
  1. Antes da independência os EUA eram colônia de que país? Como eles eram controlados pela metrópole? 
  2. Caracterize as colônias do NORTE e do SUL.
  3. O que foi a Guerra dos Sete Anos? 
  4. Quais as leis criadas pela Inglaterra que geraram revolta nas colônias? Explique cada lei. 
  5. Quais os objetivos dos congressos que aconteceram na Filadélfia?Caracterize a Constituição Norte Americana.

Um comentário:

  1. me responda por favor para hoje a... americana foi muito importante,pois estabeleceu as bases para a formação de uma... a primeira da história da América

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