1. De forma
geral, como se caracterizava o Brasil durante o século XIX?
O
Brasil foi uma Monarquia. Nesse período, o país começou a se integrar ao
Capitalismo mundial, impulsionado pela industrialização européia. Ao longo do
século, recebeu grandes investimentos e empréstimos estrangeiros, provenientes
sobretudo da Inglaterra. Esses capitais foram investidos em melhorias nas
instalações produtivas do país, como as estradas de ferro, e em serviços
públicos. O café se destacou como a principal atividade econômica, voltada para
exportação, gerando muitas riquezas e provocando grandes transformações sociais
e políticas no país.
2. Que mudanças
podem ser relacionadas ao cultivo de café?
Com
a cafeicultura, formou-se uma nova oligarquia rural nas províncias do Sudeste.
São Paulo despontou como a província mais rica do Império, apesar de não
desfrutar de uma participação política no governo central que correspondesse à
sua importância econômica.
3. Lendo a
página 4 do seu livro, que fatores apontam para uma crescente insatisfação no
Brasil com o regime monárquico?
O
fato de não desfrutar de uma participação política correspondente à sua
importância econômica fez como que as oligarquias agrárias de São Paulo
começassem a se queixar do centralismo do governo central, levando-as a
reivindicar maior autonomia para administrar sua província. Além disso, havia
grande insatisfação popular, pois, para pagar os empréstimos contraídos durante
a Guerra do Paraguai, o governo monárquico aumentou os impostos. Também o
Exército brasileiro, que saiu fortalecido dessa guerra, almejava uma maior
participação na vida política do país.
4. No final do
século XIX, os cafeicultores de São Paulo iniciaram um processo de importação
de mão-de-obra. Sobre esse assunto, responda:
a) Quais
motivos traziam esses trabalhadores para o Brasil?
Além
da falta de empregos relacionada ao fato da nascente indústria européia não ser
capaz de absorver o grande número de trabalhadores disponíveis, contribuiu para
a imigração a busca por melhores condições de vida, bem como o fato de a
população do continente ter praticamente dobrado.
b) O que levou
o Brasil a promover a vinda de estrangeiros para o Brasil?
A
necessidade de uma alternativa de mão-de-obra para substituir os escravos, cujo
tráfico havia sido proibido em 1850.
c) A imigração
dos europeus foi promovida a partir de iniciativa particular ou contou com o
apoio do Governo? Explique.
Houve
tanto o empenho por parte dos cafeicultores, que criaram a Sociedade Promotora
da Imigração, com o objetivo de reunir trabalhadores europeus dispostos a
emigrar para o Brasil, quanto do governo brasileiro, que arcava os custos das
passagens de navio, isentando os fazendeiros das despesas com a viagem.
d) Como eram os
contratos de trabalho?
Os
imigrantes geralmente eram contratados no sistema de colonato, um tipo de
contrato em que o trabalhador recebia um salário anual, além de uma parte da
produção agrícola.
e) Por que
muitos imigrantes optaram por trabalhar nas grandes cidades brasileiras?
Os
agentes da sociedade exageravam ao descrever as oportunidades oferecidas pelo
país, convencendo muitos europeus de que as condições de trabalho no Brasil
eram ótimas. Contudo, ao chegarem às lavouras de café, os imigrantes perceberam
que as condições de trabalho não eram tão boas como diziam os agentes da
Sociedade Promotora da Imigração. Diante disso, muitos deles abandonaram as
fazendas e seguiram para as grandes cidades brasileiras a fim de trabalhar como
vendedores ambulantes, artesãos, ferreiros, carpinteiros e sapateiros. Outros,
ainda, empregavam-se nas indústrias, constituindo a base do operariado
brasileiro.
5. O que foi a
Lei de Terras? Quais os objetivos de sua criação?
Lei
aprovada em 1850 que estabeleceu que as terras públicas deixariam de ser doadas
pelo Estado e passariam a ser vendidas. a lei tinha por objetivo demarcar as
propriedades, com o Estado retomando as que haviam sido abandonadas. Também
visava impedir que os imigrantes recém-chegados se tornassem proprietários de
terras.
6. Faça uma
relação entre o cultivo do café e a modernização do Brasil no século XIX.
Para
facilitar o transporte do café até os portos, foram feitos muitos investimentos
na construção de ferrovias. A expansão da malha ferroviária e a prosperidade
resultante dos capitais acumulados pelos cafeicultores tiveram papel essencial
na urbanização e no desenvolvimento das indústrias no Brasil. Os capitais dos
fazendeiros passaram a ser aplicados na modernização do beneficiamento do café e
em outras atividades, como fábricas, bancos e companhias de seguro. Muitas
cidades foram fundadas e outras mais antigas ganhavam novo vigor com a chegada
das linhas férreas. Foram construídos hotéis e instalados postes de iluminação,
as ruas foram calçadas e outras melhorias urbanas foram implantadas.
7. Até o final
da década de 1860, a industrialização brasileira era mais um projeto do que uma
realidade. Para melhorar a arrecadação e equilibrar a balança comercial, em
1844, o governo brasileiro criou a Tarifa Alves Branco. Explique por que,
embora timidamente, essa medida beneficiou o desenvolvimento da indústria
nacional (pesquise em outros livros ou internet).
A
tarifa Alves Branco beneficiou o desenvolvimento da indústria nacional na
medida em que aumentou as tarifas de importação de alguns produtos. Dessa
forma, ela protegia a indústria nacional em detrimento da estrangeira.
8. Sobre a
abolição da escravidão, responda:
a) O que foram
as leis abolicionistas? Cite-as.
as leis abolicionistas foram mecanismos usados
pelo governo para abolir gradativamente a escravidão no país. antes do fim da
escravidão, em 1888, duas leis foram aprovadas: a Lei do Ventre Livre, de 1871,
que declarava livres os filhos de escravas que nascessem a partir daquela data;
e a Lei dos Sexagenários, de 1885, que dava liberdade aos escravos com mais de
60 anos.
b) Pesquise, na
internet ou no capítulo anterior, o que foi o Bill Aberdeen, de 1845, e a Lei
Eusébio de Queirós, de 1850 e faça uma relação entre elas.
A Lei Bill Aberdeen foi decretada pelo
Parlamento inglês e possibilitava à esquadra britânica aprisionar os navios que
praticassem o tráfico de escravos. ela foi a decisão radical do governo
britânico ao não cumprimento, por parte do governo brasileiro, de acordos
anteriores para a extinção do tráfico negreiro. A situação advinda dessa lei,
somada à crescente preocupação com revoltas de escravos, levou o governo
brasileiro a aprovar, em 1850, a Lei Eusébio de Queiróz, que abolia o tráfico
internacional de escravos para o Brasil.
c) Qual o nome
da lei que pôs fim à escravidão no Brasil? Quem a aprovou? E quem a assinou?
Lei Áurea; os deputados brasileiros; a princesa
Isabel.
d) Como foi a
participação popular no processo abolicionista? Por que ela foi importante?
A participação popular no movimento
abolicionista se deu por meio de mobilizações, como comícios e passeatas de
protesto contra a escravidão. Essas mobilizações tiveram grande importância,
pois foram capazes de agregar um grande número de brasileiros em torno do ideal
abolicionista.
e) O que
aconteceu com os ex-escravos após a abolição?
Após a abolição, os ex-escravos foram
juridicamente igualados aos demais cidadãos, mas na prática permaneceram
marginalizados. Muitos continuaram trabalhando para seus antigos senhores em
troca de baixos salários, outros foram procurar melhores condições de vida nas
cidades, onde viviam de forma precária, sem acesso à moradia, à educação e ao
emprego.
9. Explique o
que foi o Movimento Republicano.
O
Movimento Republicano diz respeito às mobilizações de diferentes setores da
sociedade brasileira que defendiam transformações no regime político. Esses
grupos, ou setores, se manifestavam em jornais, como A República, órgão de
divulgação do Partido Republicano. Os militares republicanos também se
mobilizaram, fundando o Clube dos Militares, que tinha o objetivo de reunir os
adversários do regime imperial.
10. Sobre a
Proclamação da República do Brasil, responda:
a) Quando
ocorreu? Quem a proclamou? A que setor da sociedade ele pertencia?
Em
1889; marechal Deodoro da Fonseca; Militar (Exército).
b) Por que os
proprietários de escravos romperam com o governo monárquico?
Por
que estavam inconformados em não serem indenizados pela libertação dos
escravos. Diziam-se traídos pelo governo que arruinou os seus negócios.
c) Como
explicar a união entre civis e militares na liderança do movimento republicano
no Brasil? O que estes setores da sociedade desejavam?
Militares
e civis estavam insatisfeitos com o governo imperial. Os primeiros, por se
sentirem desprestigiados, e os segundos, por se ressentirem da política
centralizadora ou pela abolição sem indenização.
d) O que
explica a adesão dos militares à República?
Um
conjunto de fatores explica a adesão dos militares à República: influencia que
os oficiais brasileiros receberam durante a Guerra do Paraguai; difusão das
idéias republicanas na Escola Militar; ressentimentos em relação aos políticos
do império; punições de oficiais a mando de autoridades civis.
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