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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Resolução da atividade I de Recuperação (A ditadura militar no Brasil) - 9ºs anos



1.     O que foi o Golpe Militar de 1964? Ele foi exclusivamente militar? Justifique sua resposta.
O golpe militar de 1964 foi um conjunto de eventos tendo à frente as Forças Armadas do Brasil que culminou com a deposição do presidente da República João Goulart. A justificativa dos golpistas era a necessidade de garantir a ordem interna do país. O golpe não foi exclusivamente militar. Os militares prepararam e deram o golpe que derrubou João Goulart. Mas não estavam sozinhos. Receberam apoio de políticos, empresários, latifundiários, parte da Igreja Católica, da classe média e do governo dos Estados Unidos. Nesse sentido, podemos dizer que o golpe de 1964 foi dado pelos setores conservadores do país.
2.     O que significou a queda de João Goulart no contexto da Guerra Fria?
A queda de João Goulart foi vista, na época, como o fim da influência comunista no governo e a reintegração “definitiva” do Brasil ao bloco capitalista.
3.     Cite o nome de cada governante durante o Regime Militar no Brasil, bem como o período de cada mandato.
Castelo Branco: 1964 – 1967; Costa e Silva: 1967 – 1969; Médici: 1969 – 1974; Geisel: 1974 – 1979; João Batista Figueiredo: 1979 – 1985.
4.     O que foram os Atos Institucionais? Relacione-os à Doutrina de Segurança Nacional.
Os Atos Institucionais foram decretos emitidos durante o período do regime militar no Brasil para exercer maior controle sobre a sociedade e centralizar as decisões políticas. Entre 1964 a 1969 foram decretados 17 AI’s. De forma geral, os AI’s serviram como mecanismos de legitimação e legalização das ações políticas dos militares, estabelecendo para eles próprios diversos poderes extra-constitucionais; eram um mecanismo para manter na legalidade o domínio dos militares. O governo divulgou que seu objetivo era combater a "corrupção e a subversão". A DSN defendia a existência de uma guerra entre a Europa Ocidental (capitalista) e o Leste Europeu (socialista) e a necessidade de luta contra o chamado “inimigo interno” em defesa da segurança nacional, servindo, assim, como base ideológica do regime implantado no Brasil em 1964. Ela justificava, assim, a criação dos AI’s, na medida em que as ações repressoras contra as pessoas consideradas perigosas à ordem social.
5.     O que foi o AI-5? Em qual governo foi decretado? Explique os poderes conferidos pelo AI-5 ao presidente da República.
O Ato Institucional nº 5, ou AI-5, é conhecido por ser o mais cruel dos Atos Institucionais decretados pelo Regime Militar (1964-1985). Assinado pelo presidente Arthur Costa e Silva, em 13 de dezembro de 1968, o ato se sobrepôs aos dispositivos da Constituição de 1967 e deu poderes supremos ao chefe do Executivo.
6.     O que estava acontecendo no Brasil que levou ao seu decreto?
O ano de 1968 é lembrado até hoje pelo intenso envolvimento da sociedade civil nas manifestações contrárias à ditadura.
PS: No início deste ano, os estudantes da UNE reivindicavam contra a privatização do ensino superior e o fim da repressão, principalmente após a morte do estudante Edson Luís de Lima Souto. Em setembro, o deputado Márcio Moreira Alves provocou os militares na Câmara, questionando seu caráter abusivo e amplamente autoritário. “Quando não será o Exército um valhacouto de torturadores?”, disse ele, enfatizando o fim das celebrações da Independência do Brasil em 7 de setembro. Costa e Silva ordenou que o deputado fosse processado, mas a Câmara não acatou sua decisão. Sentindo-se insultado, o chefe do Gabinete Militar Jayme Portella exigiu que medidas mais radicais fossem tomadas pelo governo. No fatídico dia 13 de dezembro, o Conselho de Segurança, formado por 24 membros, se reuniu para votar o texto do Ato Institucional, redigido pelo Ministro da Justiça Luis Antônio da Gama e Silva. De todos os membros presentes, somente o vice-presidente Pedro Aleixo votou contra a proposta.
7.     Como as pessoas que não se conformavam com o que estava acontecendo no Brasil naquela época procuravam se manifestar contra o Regime de Governo da Ditadura Militar?
Durante a ditadura militar no Brasil, várias foram as formas de manifestação contrárias ao regime. Além de manifestações nas ruas, algumas pessoas viram na arte uma forma de contestar ou denunciar a realidade vivida. Além disso, também ocorreu a resistência armada.
8.     Relacione a censura estabelecida durante o regime militar e a arte engajada no Brasil.
A censura foi instaurada oficialmente em 1970, através do decreto-lei nº 1077. A partir dele, ficava proibida a divulgação de obras que contivessem conteúdos considerados subversivos e que colocassem em risco a segurança nacional. Em 1967 foi criada a Lei de Imprensa, mas, ao longo dos anos, a censura atingiu todos os meios de comunicação. O AI-5 foi responsável pelo endurecimento da censura do Regime Militar, estendendo a fiscalização prévia aos artigos e reportagens da imprensa, às letras de música, às peças teatrais e às cenas de filmes. A arte engajada era produzida por artistas que assumiam abertamente seu posicionamento político contrário ao regime militar, abordando os problemas sociais brasileiros em suas obras. devido à censura e à falta de liberdade para produzir obras de arte que questionassem o regime militar, os artistas engajados se viam obrigados a criticar e a denunciar os problemas da sociedade brasileira de maneira cada vez mais sutil, muitas vezes sem abordar diretamente o assunto criticado. Dessa forma, esses artistas procuravam disfarçar a verdadeira mensagem contida em suas obras, para que ela não fosse percebida pelos agentes de censura.
9.     A repressão foi um dos meios usados pelos governos militares depois de 1964 para calar as oposições. Quais eram os órgãos de segurança a serviço do regime militar?
Durante a Ditadura Militar no Brasil, foram criados vários órgãos que visavam identificar e perseguir indivíduos considerados subversivos. Em nome da “segurança nacional”, órgãos como o Serviço Nacional de Informações (SNI), o Departamento de Operações Internas (DOI) e o Centro de Operações de Defesa Interna (CODI) tinham a função de controlar as informações que circulavam no país e de desarticular as organizações subversivas, além de localizar e prender seus militantes.
10.  Quem eram os torturados e que justificativa os governos militares davam para suas ações?
Muitas pessoas que faziam oposição ao regime foram perseguidas: políticos, estudantes, trabalhadores, artistas e escritores. Os militares acusavam essas pessoas de serem partidárias ou simpatizantes do comunismo e, portanto, subversivas, isto é, inimigas da pátria, ameaça ao Brasil. Tal idéia estava de acordo com a mentalidade difundida no bloco capitalista durante a Guerra Fria.
11.  Qual era o objetivo da propaganda oficial? Quais foram os meios usados para isso?
Ao mesmo tempo em que proibia a circulação de informações e idéias consideradas impatrióticas, o governo divulgava massivamente a sua própria ideologia por meio da propaganda nos meios de comunicação e de instituições educacionais. Lemas como “Brasil, ame-o ou deixe-o” ou “Ninguém segura este país” buscavam transmitir idéias nacionalistas e desenvolvimentistas, valorizando o país e promovendo uma imagem positiva do governo militar.
12.  Que governo da ditadura militar se caracterizou pelo endurecimento do Regime, conhecido como os “anos de chumbo”?
Emílio Médici, entre 1969 e 1974.
13.  O que foi o “milagre econômico”? 
Período de 1969 a 1973, no qual o país passou por um acentuado crescimento econômico (crescimento industrial, aumento das exportações, expansão do consumo e instalação de numerosas empresas estrangeiras no país).
14.  Quando teve início a abertura política do Brasil?
A partir do Governo de Ernesto Geisel (1974).
15.  O que caracterizou o governo Geisel no campo político e econômico?
A lenta e gradual abertura política, marcada por retrocessos autoritários; o fim do milagre econômico.
16.  Por que a revogação do AI-5 foi a medida mais importante para a redemocratização do país?
Com a revogação do AI-5, acabou a censura prévia e diminuíram os poderes do Executivo, o que abriu o caminho para a redemocratização do país.
17.  O que foi feito no governo de Figueiredo em continuidade ao processo de abertura política?
O Congresso aprovou o projeto de anistia (parcial e limitada) e a reforma partidária, que extinguiu a Arena e o MDB e criou o multipartidarismo.
18.  A abertura política foi obra exclusiva do governo militar? Explique e exemplifique.
Não. Um fator importantíssimo do processo de abertura foi a mobilização da sociedade, que pressionou por mudanças e forçou as mudanças no regime. Entre os exemplos dessa mobilização, podemos citar a campanha pela anistia, as greves e a campanha pelas Diretas-Já.

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