O Tribunal da Santa Inquisição chamado
também de Santa Inquisição ou somente Inquisição surgiu na Idade Média
com a Igreja Católica. O objetivo deste tribunal era julgar pessoas que
estavam seguindo ou divulgando dogmas, práticas e/ou doutrinas
diferentes da oficial da Igreja Católica.
Inicialmente a Santa Inquisição foi
para combater as heresias que nasciam no próprio meio católico
ministrados por líderes, padres e até mesmo fiéis leigos. Mas
posteriormente começou a perseguir fiéis de outras religiões e julga-los
de forma injusta e tendenciosa.
O Tribunal do Santo ofício da
Inquisição foi fundado oficialmente pelo Papa Gregório IX que iniciou as
práticas de punição aos considerados hereges que na maioria das vezes
não sabiam o motivo pelo qual estavam sendo julgados e nem por quem.
Eram acusados, julgados e condenados somente por terem apenas duas
testemunhas que o acusasse.
As pessoas condenadas eram acusadas de
bruxarias simplesmente por terem outros ritos religiosos diferentes da
Igreja Católica. Eram até mesmo responsabilizados por desgraças naturais
como terremoto, doenças e outros.
Existiam vários tipos de punições para
os condenados, mas com certeza a mais divulgada de todas era a fogueira,
onde milhares de pessoas foram mortas queimadas vivas.
Apesar de se ter registro de atos
semelhantes a Inquisição no século XII, somente a partir do século XVIII
é que oficialmente estes registros tem validade. Em 1252, por exemplo, o
Papa Inocêncio IV publica um documento onde afirma e autoriza a
necessidade e a legalização da tortura como método de conversão. Estes
documento foi dado prosseguimento na igreja e assim renovado pelos
papas, que resultou em um poder de perseguição e de condenação pela
Igreja.
Estes tribunais eram formados e
constituídos provisoriamente para julgar os acusados e promover a
condenação e a sentença do réu. Após a execução da pena, estes tribunais
eram desinstalados e preparados para serem utilizados em outros locais
ou em outras situações.
A Inquisição ganhou tanto poder e força
na Europa, que até mesmo reis e nobres aceitavam e aderiam aos atos
praticadas pela Igreja, pois temiam reprovação de seus reinos pela
Igreja. Naquela época a Igreja e estado tinham uma forte ligação
política.
Galileu Galilei foi um dos mais famosos
exemplos da perseguição da Inquisição que acabou não sendo condenado,
mas suas teorias foram questionadas fortemente por eles. Joana D’arc foi
outro exemplo conhecido mas que não teve a mesma “sorte” de Galileu e
acabou sendo queimada.
Além de seres humanos, a Inquisição
também queimou muitos livros e publicações que manifestavam doutrinas
contrárias à Igreja Católica em suas famosas fogueiras.
O ato de queimar os hereges e as suas
publicações heréticas tinham significados e simbolismos representados.
Como o fogo é a representação de purificação para o Cristão e também
como condenação, simbolicamente dizia-se que estava sendo purificada dos
pecados e também condenados pelo inferno sendo representado pelo fogo.
A inquisição contou ainda com o apoio e
até mesmo a participação civil na aplicação das penas dadas aos
condenados. A tortura era algo comum já na época e foi aplicada também
nestes casos de heresias consideradas pela Igreja.
A Inquisição Espanhola que perdurou
entre os séculos XV a XIX foi considerava a pior fase da Inquisição pela
violência e interesses políticos, econômicos e sociais que estavam por
detrás das condenações praticadas por eles. Chegou atingir inclusive
muçulmanos e judeus.
In: http://searaurbana.com/?p=1428
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