Você sabia que à época das Navegações, Cabral era conhecido como Pedro Álvares Gouveia? Pois, é. Apenas
ao primogênito de cada família era dada a honra de usar o sobrenome paterno
e Pedro Álvares era o segundo filho. Foi só na carta que dom Manuel escreveu
aos reis da Espanha, em 1501, que o sobrenome "Cabral" foi associado
ao descobridor do Brasil.
terça-feira, 30 de abril de 2013
As Grandes Navegações (7ºs anos, Executivo)
A geografia da Terra era pouco conhecida pelos europeus no início do século XV. O que eles sabiam se restringia a mitos, lendas e histórias fantasiosas, além de informações imprecisas, que datam da Antiguidade, muitas delas colhidas pelos gregos. Mas foi durante o século XV que as grandes viagens marítimas tiveram início e, uma conseqüência, foi a chegada à América.
Mapa mundi de 1689
Associa-se o início das Grandes Navegações à volta das grandes trocas comerciais da Baixa Idade Média, a ascensão da burguesia e a formação dos Estados Nacionais. O país que possuía todas estas características em alto grau, além de estar numa ótima localização no continente europeu, foi Portugal. Os dois países pertencentes à Península Ibérica (Portugal e Espanha) foram pioneiros nesse novo empreendimento marítimo.
O que permitiu as viagens foi o desenvolvimento de certas técnicas de navegação, instrumentos, a modernização das embarcações e o incentivo das Coroas. Os portugueses visavam a independência do seu comércio com as Índias, sem que precisassem passar pelos árabes, venezianos e genoveses, que dominavam a rota do Mar Mediterrâneo. Apesar dessa conotação econômica, outra justificativa utilizada é a religiosa. Os europeus queriam disseminar o cristianismo, “ajudar” aos povos não cristãos a “salvarem suas almas” com a catequização.
T
Teatro do Globo Terrestre. Abraham Ortelius, Antuérpia, Bélgica – 1570.
Desde o século XIV, Portugal investiu na criação de uma rota independente para o Oriente. Em 1415 houve a conquista de Ceuta, um pólo comercial no norte da África, muito importante para a construção do futuro Império Português. Em 1435, um grupo de pouco mais de 2000 pessoas embarcou com o objetivo de realizar o Périplo Africano. Nessa travessia houve o surgimento das primeiras colônias portuguesas, como as Ilhas Canárias, Angola e Moçambique. Em 1488, Bartolomeu Dias ultrapassou o Cabo da Boa Esperança. Em 1498, Vasco da Gama chegou a Calicute, na Índia.
Em contrapartida, a Espanha nessa época, expulsou os mouros da cidade de Granada; foi o fim da Guerra da Reconquista, em 1492, e, nesse mesmo ano, chegou à América com Cristóvão Colombo. Este navegador genovês acreditava que seria possível alcançar às Índias atravessando o Oceano Atlântico. No caminho ele aportou na terra que hoje conhecemos como Bahamas, e teve início a empreitada espanhola no continente americano. O nome do continente desperta curiosidade, por que América e não uma referência a Colombo, que primeiro chegou aqui? Isso aconteceu porque Américo Vespúcio, tempos mais tarde, explorou a mesma terra em que o genovês tinha estado, concluindo, assim, perante o Estado espanhol, a descoberta de uma nova terra, e como homenagem esta ganhou o nome de América.
Chegada de Américo Vespúcio à América. Theodore De Bry. (Openheim, Alemanha – 1618)
Outro dado interessante que desperta curiosidade e debate sobre a “descoberta” ou não da América, é que os dois países Ibéricos estabeleceram um tratado, tendo como mediador o Papa Alexandre VI, sobre a definição das terras, ou seja, uma divisão entre eles das regiões descobertas, a fim de cessar a rivalidade que crescia. Esse tratado ocorreu em 1493, chamado Bula Intercoetera. Qualquer terra a 100 léguas de Cabo Verde era portuguesa. Porém, em 1494, Portugal pediu para mudar essa medida para 370 léguas de Cabo Verde. Daí começam as especulações sobre o conhecimento ou não das terras à oeste do Atlântico.
Com os sucessos de Portugal e Espanha na exploração das riquezas dessas novas terras, nos séculos seguintes, Holanda, França e Inglaterra passaram a procurar territórios a serem explorados também. Além disso, questionavam o monopólio entre os dois países ibéricos, portanto foi nessa época que os ataques piratas e invasões continentais tiveram início
Em 1500, o navegante português Pedro Álvares Cabral “descobriu” o Brasil. Essa data foi documentada em carta por Pero Vaz de Caminha, um dos tripulantes nas caravelas de Cabral, para o rei português. As terras brasileiras ficaram por cerca de 30 anos ociosas, mas foram fundamentais para a economia portuguesa com a queda do comércio com as Índias. O grande problema na expressão “descobrimento do Brasil” não é em relação aos debates, ocorridos principalmente no século XIX, sobre se os portugueses chegaram aqui devido às correntes marítimas ou se já tinham conhecimento das terras a leste. A grande questão é que, ao dizer que descobriram, pensa-se imediatamente que a terra estava desabitada, o que não era o caso do Brasil, pois os navegantes encontraram tribos indígenas ao longo da costa brasileira.
Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500. Oscar Pereira da Silva – 1922/ Acervo do Museu Paulista – SP
A Europa, a partir das grandes navegações, estava conectada com todas as partes do globo. Essa “Era dos descobrimentos” foi de extrema importância para o desenvolvimento tecnológico europeu, além disso, a possibilidade de crescimento econômico. As terras descobertas e posteriormente colonizadas passaram a ser fontes de enriquecimento desses países exploradores. Uma das maiores conseqüências dessa nova atitude européia foi o fortalecimento da burguesia mercantil, o que mudaria o destino político e social desses mesmos países séculos mais tarde, com as revoluções.
Trabalho 7º ano, Executivo (As Grandes Navegações)
Em grupo, prepare um jornal-mural com o tema "As Grandes Navegações". Cada integrante será um jornalista que deverá escrever uma matéria sobre um fato, acontecimento, qualquer coisa que esteja relacionada a este período (dos antecedentes à expansão portuguesa e espanhola). Você deve criar um título para a sua matéria (deve ser algo que chame a atenção do leitor para que este tenha interesse em ler o seu texto). A sua reportagem deve ser um parágrafo claro e sucinto, que explique a "chamada". Além disso, o jornalista deve assinar a sua matéria.
Não esqueça de escolher um nome para o seu jornal, de colocar imagens, assim como não esqueça de que o seu jornal é contemporâneo a estes acontecimentos (vocês estão noticiando fatos que estão ocorrendo no tempo em que vivem).
Boa sorte e use a imaginação!
A alimentação nas Grandes Navegações Marítimas Européias (7ºs anos, Executivo)
Durante as Grandes Navegações Marítimas
Europeias (principalmente nos séculos XV e XVI), as embarcações eram
feitas principalmente nos portos de Portugal e na região da Andaluzia,
na Espanha. As caravelas mediam cerca de 20 metros de comprimento e
pesavam até 80 toneladas. Nessas embarcações, comprimiam-se durante
meses de viagem cerca de 60 homens e mais os animais destinados à
alimentação, além de armas, munições, alimentos, entre outros.
O cotidiano dos navegadores não era nada
fácil. Além dos medos imaginários, presentes nos pensamentos desses
navegadores (como a crença de que o oceano era povoado por monstros e
dragões), também existiam os medos reais, as dificuldades de navegar em
mar aberto, as tempestades e chuvas intensas, as doenças e a péssima
alimentação.
Neste texto iremos aprender um pouco sobre
o cotidiano das Grandes Navegações. Conheceremos mais sobre a
alimentação dos navegadores dentro das Caravelas, ou seja, sobre a dieta
de bordo dos navegadores.
As viagens marítimas nos séculos XV e XVI
eram cheias de imprevistos (que ainda hoje ocorrem). Quando a viagem
transcorria de forma normal, sem imprevistos, a comida a bordo supria
precariamente as necessidades dos tripulantes, mas se ocorresse algum
imprevisto, como tempestades, danos físicos nas embarcações ou alguma
imperícia do piloto, os tripulantes sofriam com a falta de alimentos.
Nas embarcações, principalmente durante os
séculos XV e XVI, o principal alimento era o biscoito. De acordo com o
clima e sob certas circunstâncias (invasão de água na embarcação), essa
alimentação passava por algumas alterações, ou seja, encontrava-se em
péssimas condições para a alimentação (por causa do mofo e da umidade).
Geralmente cada tripulante recebia diariamente cerca de quatrocentos
gramas de biscoito para sua refeição.
O vinho tinha presença obrigatória nas
embarcações. A água utilizada para beber e para cozinhar era guardada em
grandes tonéis ou tanques, inapropriados. Assim, quase sempre a água
estava infectada por bactérias, o que sempre provocou infecções e
diarreias nos tripulantes.
Os alimentos sempre eram distribuídos pelo
capitão da embarcação e por um ajudante. Essa distribuição dos
alimentos era estabelecida em regimentos (porções) e somente o capitão e
o ajudante tinham a chave dos estoques de alimentos. A segurança era
rigorosa para vigiar os alimentos, pois a sua falta poderia comprometer
toda a viagem e causar mortes tanto pela fome, tanto por conflitos entre
os tripulantes por causa do alimento.
Juntamente com a tripulação, existia a
presença de ratos e baratas, sempre comprometendo a qualidade dos
alimentos. Outro fator que contribuía para a falta de higiene era a
ausência de banheiros na embarcação – geralmente os tripulantes faziam
suas necessidades em recipientes e as lançavam ao mar. Esses fatores
contribuíram bastante para a proliferação de doenças e mortes nas
embarcações.
In; http://www.escolakids.com/alimentacao-nas-grandes-navegacoes-maritimas-europeias.htm
terça-feira, 16 de abril de 2013
Atividade de revisão (7ºs anos, Executivo)
1.
Explique quais transformações ocorreram na
Europa, a partir do século X, que levaram à crise do sistema feudal.
No final da Alta Idade Média, a
Europa começou a viver sob um clima de tranquilidade, haja vista que as
invasões bárbaras, que levaram tanta instabilidade ao continente, haviam chegado
ao fim. Houve, no século XI, um aumento demográfico e, consequentemente, os
problemas também cresceram. A saída encontrada foram as Cruzadas, que ajudaram
no processo de desintegração do sistema feudal europeu. Elas tiveram contato
com diversos povos que habitavam o Oriente, influenciando muito o homem europeu
ocidental. O comércio de mercadorias começou a ser realizado, levado a
estrutura agrária feudal a um colapso nos séculos seguintes. Contribuiu para
essa crise o surgimento da burguesia.
2.
Com o aumento demográfico ocorrido na Europa, no
século XI, surgiu um dilema: como alimentar todas as pessoas? A saída
encontrada foi inovar os meios de produção agrícola e uma nova maneira de
inovar o solo sem deixá-lo empobrecido. Assim, utilizou-se o sistema de rotação
de culturas; explique como esse sistema funcionava.
Uma parte do território cultivado
ficava em repouso, ou descanso, e, na outra parte, eram cultivados produtos
distintos. O sistema funcionava da seguinte maneira: os servos dividiam a terra
em três partes. Em duas delas, plantavam dois tipos de alimento e, na terceira,
nada plantavam. Essa inovação técnica permitiu haver um rodízio de plantações
nos terrenos, possibilitando ao solo mais fertilização e, consequentemente,
maior produção de alimentos.
3.
O que foram as Cruzadas?
Foram expedições militares e
religiosas organizadas pela Igreja, entre os séculos XI e XIII, com o objetivo
de recuperar a Terra Santa, que havia caído nas mãos dos muçulmanos.
4.
As Cruzadas tinham apenas um apelo religioso?
Não. A promessa de perdão dos
pecados, aliada à chance de pilhar tesouros lendários era bem atraente. Velhos,
mulheres e crianças resolveram se lançar na aventura.
5.
O que motivou a organização das Cruzadas?
Havia o desejo de recuperar a Terra
Santa, mas as Cruzadas também ajudariam a aliviar as tensões sociais existentes
na Europa (escoamento de população). Além disso, a Igreja também via nelas uma
forma de recompor a unidade perdida com o Cisma do Oriente.
6.
O que foi o Cisma do Oriente?
O Cisma do Oriente foi a divisão
ocorrida dentro da Igreja. Foi motivado pelo distanciamento entre as Igrejas
cristãs do Ocidente e do Oriente. Dela surgiu a Igreja Católica Apostólica
Romana e a Igreja Ortodoxa.
7.
As Cruzadas alcançaram o seu principal objetivo?
Qual foi a herança das Cruzadas para o Ocidente?
Não. A Terra Santa não foi
recuperada, mas a Europa, apesar de não ter alcançado seus objetivos, saiu
fortalecida. As Cruzadas reforçaram a autoridade dos reis, abrindo caminho para
a criação dos Estados Nacionais. Elas também impulsionaram o comércio com o
Oriente, enriquecendo as cidades italianas, viabilizando o renascimento
comercial e o ressurgimento de cidades na Europa Ocidental.
8.
As Cruzadas viabilizaram o contato com o Oriente
e seus produtos, conhecidos como especiarias. Cite exemplos desses produtos e
explique como a lei da oferta e da procura influenciou sua comercialização.
Exemplos de especiarias: cravo,
canela, pimenta, gengibre, sal, açúcar, seda, ouro, prata, marfim, noz-moscada.
Segundo a lei da oferta e da procura, quanto mais produtos no mercado, menor o
valor do produto. Como na Europa esses produtos eram praticamente inexistentes,
fortunas eram criadas com a venda dessas especiarias.
9.
Quem eram os burgueses?
Os burgueses foi um grupo social
surgido com o renascimento comercial que se dedicava ao comércio e à produção
artesanal.
10.
Por que os burgueses, em sua origem, estavam à
margem da sociedade feudal?
Porque não pertenciam a nenhum grupo
social típico do feudalismo: não eram nobres ou clérigos, nem servos;
dedicavam-se ao comércio e à produção artesanal.
11.
A burguesia passou a apoiar os reis a recuperar
o poder perdido durante o Feudalismo. Como se deu a união entre a burguesia e
os reis? Com que objetivo?
Os reis, ávidos pela centralização
do poder monárquico, receberam apoio financeiro da burguesia e, equipados com
grandes exércitos, empreenderam guerras contra os senhores feudais
enfraquecidos devido aos custos das Cruzadas.
12.
Os interesses burgueses e dos senhores feudais
eram, muitas vezes, conflitantes. Quais eram as reivindicações da burguesia?
A burguesia queria maior autonomia
comercial, mas o sistema feudal impedia. A descentralização do poder associada
aos inúmeros impostos cobrados, às diferentes moedas, à falta de uma
padronização do sistema de pesos e medidas, barrava o pleno desenvolvimento do
comércio.
13.
A Peste Negra causou terror na Europa no século
XIV. A origem da peste ainda é muito discutida no meio acadêmico. Quais foram
os motivos que levaram a peste negra à Europa e qual é a versão mais aceita da
origem dessa epidemia?
O êxodo rural fez com que as cidades
medievais crescessem num ritmo frenético. Naquela época, não havia preocupação
com o saneamento básico, o que propiciava o alastramento de doenças. Alguns
pesquisadores acreditam que a peste negra veio do Oriente, e percorreu, através
das caravanas e dos exércitos, as rotas que levaram a doença.
14.
De que forma a peste negra ajudou no processo
que levou o sistema feudal a entrar em crise?
A peste negra contribuiu para que os
laços de suserania e vassalagem fossem quebrados, assim como os laços entre
senhores feudais e servos. E, por incrível que pareça, com o final da peste
negra, a sociedade européia vivia uma situação interessante: se, por um lado,
havia a sensação de que a morte ainda rondava a Europa, por outro lado, a
sociedade feudal ficou desconfigurada, muitos servos passaram a ter autonomia e
mais alimentos, e a qualidade de vida melhorou.
15.
Explique quais foram os motivos que levaram à
formação dos Estados Nacionais na Europa.
Os nobres, após a peste, buscaram
recuperar o poder perdido empreendendo várias lutas contra os camponeses,
restabelecendo a antiga estrutura feudal. Os reis, percebendo que a estrutura
política do feudo estava rompida, procuraram restabelecer o seu poder
centralizador. No século XV, as coisas começaram a voltar ao normal. A união
entre a burguesia e o rei levou à formação dos Estados Nacionais.
16.
A religião cristã se expandiu e atraiu muitos
adeptos, tornando-se, na Alta Idade Média, hegemônica. Explique como a Igreja
se tornou a instituição mais poderosa da Europa.
A Igreja dominava a mente dos homens
na Idade Média, controlava o ensino e tinha o domínio sobre as obras escritas,
que, na maior parte, eram em grego, latim ou hebraico. As poucas escolas que
existiam pertenciam às paróquias, e seus professores eram membros da Igreja,
que difundiam, através do ensino, uma visão de mundo teocêntrica. A Igreja
também se tornou a maior proprietária de terras da Europa.
17.
Diferencie a filosofia da Alta e da Baixa Idade
Média.
A filosofia medieval estava
intimamente ligada à teologia. No princípio da Idade Média, Santo Agostinho
elaborou um sistema de pensamento que foi dominante entre os séculos V e X.
Nesse período, a mentalidade teocêntrica foi dominante; havia uma visão
pessimista através da idéia da predestinação. Essa crença deixa o homem à mercê
de forças divinas, o seu destino já está traçado e não pode ser mudado. Na
Baixa Idade Média, devido ao renascimento comercial e ao ressurgimento das
cidades, do século XI ao XIII, as pessoas se tornaram mais otimistas. Os
pensadores do período tomaram contato com a obra de Aristóteles. Os filósofos
desse período procuraram conciliar fé e razão. Isso se refletiu na idéia do
livre-arbítrio, um dos eixos da filosofia escolástica. O livre-arbítrio dá ao
homem a sensação de que ele pode guiar sua vida e seu destino segundo a sua
vontade ou razão.
18.
Explique a importância da escolástica para o
pensamento ocidental.
Os filósofos escolásticos
acrescentaram procuravam conciliar fé e razão. Isso se refletiu na idéia do
livre-arbítrio, um dos eixos da filosofia escolástica.
19.
Ainda sobre a Igreja Católica durante a Alta
Idade Média, indique como ela interferia nos seguintes campos: político,
militar, civil e econômico.
No plano político, a Igreja nomeava
reis e senhores feudais; no militar, regulava guerras entre os senhores
feudais, determinando a Paz de Deus e a Trégua de Deus; no plano civil, era
responsável pela realização de batismos, casamentos e extrema-unção; e no plano
econômico, condenava a prática da usura, determinando a cobrança do justo
preço.
20.
Para estabelecer o total controle sobre o modo
de pensar e agir da sociedade medieval, a Igreja instituiu a Santa Inquisição,
responsável pela morte de inúmeras pessoas que contrariavam seus dogmas. Fale
sobre isso.
A Inquisição foi uma instituição
criada pela Igreja e tinha o poder de combater as heresias (interpretações
rejeitadas como falsas que, segundo os membros do clero, afetavam a
legitimidade do poder da Igreja). Ela se instalou em vários países europeus. Os
tribunais da Inquisição tinham a missão de descobrir e julgar os hereges
(pessoas que discordavam dos ensinamentos católicos e contestavam o poder da
Igreja e do Papa) e de punir aqueles que não obedecessem o que a Igreja
determinava. A Inquisição se revelou uma reação da Igreja Católica às heresias,
que começaram a circular na Europa, principalmente a partir do século XIII,
fazendo com que a Igreja perdesse sua hegemonia.
O Tribunal da Santa Inquisição (7ºs anos, Executivo)
O Tribunal da Santa Inquisição chamado
também de Santa Inquisição ou somente Inquisição surgiu na Idade Média
com a Igreja Católica. O objetivo deste tribunal era julgar pessoas que
estavam seguindo ou divulgando dogmas, práticas e/ou doutrinas
diferentes da oficial da Igreja Católica.
Inicialmente a Santa Inquisição foi
para combater as heresias que nasciam no próprio meio católico
ministrados por líderes, padres e até mesmo fiéis leigos. Mas
posteriormente começou a perseguir fiéis de outras religiões e julga-los
de forma injusta e tendenciosa.
O Tribunal do Santo ofício da
Inquisição foi fundado oficialmente pelo Papa Gregório IX que iniciou as
práticas de punição aos considerados hereges que na maioria das vezes
não sabiam o motivo pelo qual estavam sendo julgados e nem por quem.
Eram acusados, julgados e condenados somente por terem apenas duas
testemunhas que o acusasse.
As pessoas condenadas eram acusadas de
bruxarias simplesmente por terem outros ritos religiosos diferentes da
Igreja Católica. Eram até mesmo responsabilizados por desgraças naturais
como terremoto, doenças e outros.
Existiam vários tipos de punições para
os condenados, mas com certeza a mais divulgada de todas era a fogueira,
onde milhares de pessoas foram mortas queimadas vivas.
Apesar de se ter registro de atos
semelhantes a Inquisição no século XII, somente a partir do século XVIII
é que oficialmente estes registros tem validade. Em 1252, por exemplo, o
Papa Inocêncio IV publica um documento onde afirma e autoriza a
necessidade e a legalização da tortura como método de conversão. Estes
documento foi dado prosseguimento na igreja e assim renovado pelos
papas, que resultou em um poder de perseguição e de condenação pela
Igreja.
Estes tribunais eram formados e
constituídos provisoriamente para julgar os acusados e promover a
condenação e a sentença do réu. Após a execução da pena, estes tribunais
eram desinstalados e preparados para serem utilizados em outros locais
ou em outras situações.
A Inquisição ganhou tanto poder e força
na Europa, que até mesmo reis e nobres aceitavam e aderiam aos atos
praticadas pela Igreja, pois temiam reprovação de seus reinos pela
Igreja. Naquela época a Igreja e estado tinham uma forte ligação
política.
Galileu Galilei foi um dos mais famosos
exemplos da perseguição da Inquisição que acabou não sendo condenado,
mas suas teorias foram questionadas fortemente por eles. Joana D’arc foi
outro exemplo conhecido mas que não teve a mesma “sorte” de Galileu e
acabou sendo queimada.
Além de seres humanos, a Inquisição
também queimou muitos livros e publicações que manifestavam doutrinas
contrárias à Igreja Católica em suas famosas fogueiras.
O ato de queimar os hereges e as suas
publicações heréticas tinham significados e simbolismos representados.
Como o fogo é a representação de purificação para o Cristão e também
como condenação, simbolicamente dizia-se que estava sendo purificada dos
pecados e também condenados pelo inferno sendo representado pelo fogo.
A inquisição contou ainda com o apoio e
até mesmo a participação civil na aplicação das penas dadas aos
condenados. A tortura era algo comum já na época e foi aplicada também
nestes casos de heresias consideradas pela Igreja.
A Inquisição Espanhola que perdurou
entre os séculos XV a XIX foi considerava a pior fase da Inquisição pela
violência e interesses políticos, econômicos e sociais que estavam por
detrás das condenações praticadas por eles. Chegou atingir inclusive
muçulmanos e judeus.
In: http://searaurbana.com/?p=1428
domingo, 14 de abril de 2013
Trabalho 8ºs anos, Executivo (O Iluminismo e os antecedentes da Revolução Americana)
1. Explique o que foi o Iluminismo e suas idéias;
2. Diga a situação na América e como era a relação Metrópole (Inglaterra) - Colônia (América) antes da independência (apenas até as consequências da Guerra dos 7 anos);
3. Analise de que forma a situação pré-independência das Treze Colônias feria as idéias que circulavam no período (Iluminismo).
PS: Para a terceira parte, utilize como base, a seguinte frase: "As idéias de John Locke influenciaram os norte-americanos na crítica ao Pacto Colonial que se impunha, e eles se revoltaram". Seria muito interessante se buscassem conhecer um pouco das idéias do Pai do Liberalismo Econômico (dica!).
Boa sorte, meus gatos e gatas!
Trabalho "Um dia na vida do homem pré-histórico" (6ºs anos, Executivo)
Os grupos foram divididos em períodos: Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais.
Cada grupo deverá preparar, a partir das características do período que ficou responsável, uma história com o título "Um dia na vida do homem pré-histórico".
A história deverá ser ilustrada: caso o grupo queira, poderá contá-la através de quadrinhos, ppt (slides) ou cartolina. O importante é que faça uma representação dos elementos citados na história; usando e abusando de imagens.
Use a imaginação e boa sorte!
sábado, 13 de abril de 2013
Trabalho "Novos tempos" - 7ºs anos, Executivo.
Faça uma representação do mundo feudal, buscando apontar cinco elementos surgidos a partir do ano 1.000.
Boa sorte!
PS: Aproveitem as informações dos três capítulos vistos sobre o período. Não esqueçam que existem diversas possibilidades dentros dos campos político, econômico, sócio-cultural e das mentalidades. O terceiro, por exemplo, sobre a cultura medieval, tem informações bem interessantes. Usem a criatividade!
Trabalho "Novos tempos" (a pedidos) - Se liga, galera dos 7ºs, Executivo! - Idade Média.
Faça uma representação do mundo feudal, buscando apontar cinco elementos surgidos a partir do ano 1.000.
Boa sorte!
PS: Aproveitem as informações dos três capítulos vistos sobre o período. Não esqueçam que existem diversas possibilidades dentros dos campos político, econômico, sócio-cultural e das mentalidades. O terceiro, por exemplo, sobre a cultura medieval, tem informações bem interessantes. Usem a criatividade!
Boa sorte!
PS: Aproveitem as informações dos três capítulos vistos sobre o período. Não esqueçam que existem diversas possibilidades dentros dos campos político, econômico, sócio-cultural e das mentalidades. O terceiro, por exemplo, sobre a cultura medieval, tem informações bem interessantes. Usem a criatividade!
quinta-feira, 11 de abril de 2013
A Independência dos Estados Unidos (8ºs anos, Executivo)
Antes
da Independência, os EUA eram formados por treze colônias controladas
pela metrópole: a Inglaterra. Dentro do contexto histórico do século
XVIII, os ingleses usavam estas colônias para obter lucros e recursos
minerais e vegetais não disponíveis na Europa. Era também muito grande a
exploração metropolitana, com relação aos impostos e taxas cobrados dos
colonos norte-americanos.
Colonização dos Estados Unidos
Para
entendermos melhor o processo de independência norte-americano é
importante conhecermos um pouco sobre a colonização deste território. Os
ingleses começaram a colonizar a região no século XVII. A colônia
recebeu dois tipos de colonização com diferenças acentuadas:
- Colônias do Norte
: região colonizada por protestantes europeus, principalmente ingleses,
que fugiam das perseguições religiosas. Chegaram na América do Norte
com o objetivo de transformar a região num próspero lugar para a
habitação de suas famílias. Também chamada de Nova Inglaterra, a região
sofreu uma colonização de povoamento com as seguintes características :
mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e
produção para o consumo do mercado interno.
- Colônias do Sul
: colônias como a Virginia, Carolina do Norte e do Sul e Geórgia
sofreram uma colonização de exploração. Eram exploradas pela Inglaterra e
tinham que seguir o Pacto Colonial. Eram baseadas no latifúndio,
mão-de-obra escrava, produção para a exportação para a metrópole e
monocultura.
Guerra dos Sete Anos
Esta
guerra ocorreu entre a Inglaterra e a França entre os anos de 1756 e
1763. Foi uma guerra pela posse de territórios na América do Norte e a
Inglaterra saiu vencedora. Mesmo assim, a metrópole resolveu cobrar os
prejuízos das batalhas dos colonos que habitavam, principalmente, as
colônias do norte. Com o aumento das taxas e impostos metropolitanos, os
colonos fizeram protestos e manifestações contra a Inglaterra.
Metrópole aumenta taxas e impostos
A
Inglaterra resolveu aumentar vários impostos e taxas, além de criar
novas leis que tiravam a liberdade dos norte-americanos. Dentre estas
leis podemos citar: Lei do Açúcar, a Lei do Selo e a Lei da Moeda, Lei
do Açúcar.
Estas
taxas e impostos geraram muita revolta nas colônias. O Parlamento
reafirmou sua prerrogativa de legislar sobre todos os assuntos das
colônias, incluindo as taxações. Os colonos, por sua vez, argumentaram
que jamais haviam pago impostos além daqueles decretados pelas
autoridades locais ou das taxas ligadas ao comércio. Lembraram ainda que
eram cidadãos ingleses, mas não estavam representados no Parlamento - e
um dos principais princípios da lei inglesa era o de que não haveria
tributação sem que os representantes dos cidadãos houvessem votado os
impostos. Surgiu, desse modo, a palavra de ordem que serviria para
chamar o povo à causa dos patriotas contra a metrópole: "Nenhuma taxação
sem representação".
A Independência dos Estados Unidos (Antecedentes) - 8ºs anos, Executivo
Os Estados Unidos era constituído por trezes colônias,
que por sua vez era dividida em colônia do norte e colônia do sul. O
desenvolvimento da colônia não era impedido com as leis inglesa, pois
tais leis não eram aplicadas.
Porém quando o comercio colonial começou a concorrer com o comercio metropolitano, consequentemente surgiram certos atritos que resultaram com a emancipação das treze colônias. Após a Guerra dos Sete Anos, entre a França e Inglaterra, a Inglaterra vitoriosa da guerra se apossou de grande parte do Império Colonial Francês, em especial as terras a oeste das treze colônias americanas.
O Parlamento inglês decidiu então que os colonos deveriam pagar parte dos gastos com a guerra, com o objetivo de aumentar as taxas e os direitos da Coroa sobre a América. Os fatores culturais, aliados a política repressiva dos ingleses, tiveram papel importante no processo revolucionário americano. Os colonos contestavam o direito legislativo do Parlamento inglês, e recusaram a cumprir a Lei de Aquartelamento, a qual exigia dos colonos alojamento e transporte para as tropas enviadas a colônia.
Porém quando o comercio colonial começou a concorrer com o comercio metropolitano, consequentemente surgiram certos atritos que resultaram com a emancipação das treze colônias. Após a Guerra dos Sete Anos, entre a França e Inglaterra, a Inglaterra vitoriosa da guerra se apossou de grande parte do Império Colonial Francês, em especial as terras a oeste das treze colônias americanas.
O Parlamento inglês decidiu então que os colonos deveriam pagar parte dos gastos com a guerra, com o objetivo de aumentar as taxas e os direitos da Coroa sobre a América. Os fatores culturais, aliados a política repressiva dos ingleses, tiveram papel importante no processo revolucionário americano. Os colonos contestavam o direito legislativo do Parlamento inglês, e recusaram a cumprir a Lei de Aquartelamento, a qual exigia dos colonos alojamento e transporte para as tropas enviadas a colônia.
In: http://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/independencia-dos-eua.htm
Revolução Americana (Antecedentes) - 8ºs anos, Executivo
Parte
da grande revolução que mudou os destinos da civilização ocidental no
final do século XVIII, a guerra da independência dos Estados Unidos
(revolução americana) abriu uma nova era na história da humanidade. E o
país surgido desse movimento libertário tornou-se modelo e inspiração
para as colônias ibero-americanas em seu desejo de emancipação das potências colonizadoras.
Origens: Dá-se o nome de revolução americana à luta das colônias estabelecidas na América do Norte, para se tornar independentes da Grã-Bretanha. Vitoriosas, as colônias passaram a constituir uma república independente, estabelecida com base em princípios democráticos que, pela primeira vez, ganhavam forma estatal.
Iniciada em 1607, a emigração inglesa para a América do Norte deu origem à formação de colônias, que em 1732 já eram 13. Entre as causas que concorreram para a guerra de independência (de 1775 a 1781) figura o abandono em que estas se encontravam. Os colonos tinham, por isso, que resolver sozinhos seus problemas, o que lhes dava uma posição de autonomia em relação ao governo metropolitano. Além disso, os ingleses não estavam bem a par das condições das colônias e, preocupados com os próprios problemas, não lhes dedicavam muita atenção.
Entrementes, aumentava a importância econômica das colônias, sobretudo depois que a Grã-Bretanha, vitoriosa na guerra contra a França, acrescentou às suas possessões americanas todo o Canadá e as terras situadas entre os montes Apalaches e o rio Mississippi. Após o conflito, encontrando-se em difícil situação econômico-financeira, a Grã-Bretanha decidiu exigir das colônias a observância da Lei de Navegação (Navigation Act), que limitava grande parte do intercâmbio comercial destas exclusivamente à metrópole. Reprimia-se também o contrabando.
Origens: Dá-se o nome de revolução americana à luta das colônias estabelecidas na América do Norte, para se tornar independentes da Grã-Bretanha. Vitoriosas, as colônias passaram a constituir uma república independente, estabelecida com base em princípios democráticos que, pela primeira vez, ganhavam forma estatal.
Iniciada em 1607, a emigração inglesa para a América do Norte deu origem à formação de colônias, que em 1732 já eram 13. Entre as causas que concorreram para a guerra de independência (de 1775 a 1781) figura o abandono em que estas se encontravam. Os colonos tinham, por isso, que resolver sozinhos seus problemas, o que lhes dava uma posição de autonomia em relação ao governo metropolitano. Além disso, os ingleses não estavam bem a par das condições das colônias e, preocupados com os próprios problemas, não lhes dedicavam muita atenção.
Entrementes, aumentava a importância econômica das colônias, sobretudo depois que a Grã-Bretanha, vitoriosa na guerra contra a França, acrescentou às suas possessões americanas todo o Canadá e as terras situadas entre os montes Apalaches e o rio Mississippi. Após o conflito, encontrando-se em difícil situação econômico-financeira, a Grã-Bretanha decidiu exigir das colônias a observância da Lei de Navegação (Navigation Act), que limitava grande parte do intercâmbio comercial destas exclusivamente à metrópole. Reprimia-se também o contrabando.
In: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/revolucao-americana.html
domingo, 7 de abril de 2013
Trabalho "Novos tempos" - 7ºs, Executivo (Idade Medieval)
Faça uma representação do mundo feudal, buscando apontar cinco elementos surgidos a partir do ano 1.000.
Boa sorte!
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