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sábado, 5 de outubro de 2013

Resolução de atividade sobre Socialismo Científico e Anarquismo



Trecho do Manifesto Comunista, escrito por Karl Marx e Friedrich Engels em 1848

                A abolição das relações de propriedade que têm existido até hoje não é uma característica peculiar e exclusiva do comunismo. Todas as relações de propriedade têm passado por modificações constantes em consequência das contínuas transformações das condições históricas. A Revolução Francesa, por exemplo, aboliu a propriedade feudal em proveito da propriedade burguesa.
                (...) (Na sociedade capitalista) a propriedade privada está abolida para nove décimos de seus membros. E é precisamente porque não existe para estes nove décimos que ela existe para (os burgueses).
                (...). Os comunistas (...) proclamam abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem social existente. Que as classes dominantes tremam diante da ideia de uma revolução comunista! Os proletários nada têm a perder nela a não ser suas cadeias. Têm um mundo a ganhar.
                Proletários de todos os países, uni-vos!

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista. <HTTP://p.download.uol.com.br/cultvox/livros_gratis/manifesto_comunista.pdf>. Acesso em: mar.2012.

Discurso de Mikhail Bakunin no Congresso da Associação Internacional dos Trabalhadores, Suíça, 1868

                Detesto (...) (o comunismo), porque é a negação da liberdade e porque não concebo a humanidade sem liberdade. Não sou comunista, porque o comunismo concentra e engole, em benefício do Estado, todas as forças da sociedade; porque conduz inevitavelmente à concepção da propriedade nas mãos do Estado, enquanto eu proponho a abolição do Estado (...) com o pretexto de moralizar e civilizar os homens, (o Estado) conseguiu até agora somente escravizá-los, persegui-los e corrompê-los.
                Quero que a sociedade e a propriedade coletiva ou social estejam organizados de baixo para cima por meio da livre associação e não de cima para baixo mediante a autoridade, seja de que classe for.

BAKUNIN, Mikhail. Discurso no Congresso da Associação Internacional dos Trabalhadores na Suíça. Centro de Mídia Independente. <www.midiaindependente.org/eo/blue/2003/02/247949.shtml >. Acesso em: set. 2008.

Após a leitura dos textos acima, responda:

a)      O que Marx e Engels quiseram dizer com a frase: “Os proletários nada têm a perder nela a não ser suas cadeias”?
      Para Marx e Engels, somente o fim da propriedade privada dos meios de produção poderia criar o direito de propriedade a todo o restante da população. A frase a que se refere a questão deve ser entendida em associação com a que vem a seguir no texto: "(Os proletários) têm um mundo a ganhar". Com essa afirmação, eles queriam dizer que, com a revolução comunista, os trabalhadores só tinham a perder as correntes que os prendiam ao capital, já que não eram proprietários dos meios de produção.

b)      Que ideias defendidas pelo Socialismo Científico estão explícitas no texto?
       O fim da propriedade privada dos meios de produção, revolução proletária.

c)   O que Bakunin quis dizer com a frase: “Com o pretexto de moralizar e civilizar os homens, (o Estado) conseguiu até agora somente escravizá-los, persegui-los e corrompê-los”?
    Para Bakunin, o Estado não tinha cumprido o papel de mediador dos conflitos sociais. Ao contrário, permitia que uma classe estabelecesse o controle sobre ele e utilizasse suas instituições (política, escola, exército, etc.) para oprimir as outras classes. Segundo o autor, de nada adiantaria mudar a classe que controlava o Estado (da burguesia para o proletariado), pois o problema não era esse, e sim o controle exercido por qualquer classe sobre as outras e a opressão do Estado sobre a sociedade.

d)      Que ideias anarquistas você percebe no texto?
       A extinção do Estado, igualdade social, liberdade.

e)      Quais as principais diferenças entre as ideias de Marx e Engels e as de Bakunin?
       Marx e Engels defendiam a conquista do poder político pelo proletariado. Bakunin discordava deles, pois defendia a extinção imediata do Estado e das classes, e não o domínio de uma nova classe social sobre as outras. Para ele, a liberdade é o principal valor da humanidade, e para conquistá-la é necessário o fim de qualquer tipo de autoridade e tutela (principalmente do Estado) sobre as forças da sociedade, assim como a organização da sociedade de baixo para cima por meio da livre associação.

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