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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Esparta, uma oligarquia militarista (6º ano, Executivo)



Esparta foi fundada pelos dórios e se destacou devido ao seu caráter militar.
Ao contrário de Atenas, que praticou uma democracia direta, ou seja, todos os cidadãos atenienses deveriam participar pessoalmente das assembleias onde se discutiam as leis, a política não podia ser discutida em Esparta. A criação das leis espartanas era atribuída ao deus Apolo que as ditara a um legislador mítico chamado Licurgo, que teria vivido entre IX e VIII a. C.. Após a elaboração das leis, ele teria abandonado a cidade e, a partir daí, elas teriam ser tornado inquestionáveis. Vez por outra Licurgo aparecia para participar do Conselho de Anciãos. Caso fosse necessário, modificava as leis, tornando-as novamente inquestionáveis.
Esparta era uma oligarquia controlada por um grupo de famílias aristocráticas. A cidade era governada por dois reis (diarquia). Um deles permanecia na cidade enquanto o outro lutava nas guerras. A autoridade dos reis era limitada pela Gerúsia (Conselho de Anciãos), cujos membros não podiam ter menos de 60 anos. Existia o Conselho dos Éforos, em número de cinco, eleitos pelo povo (os espartanos, descendentes dos dórios) para um mandato de um ano. Os éforos tinham grandes poderes, podendo julgar até os reis. Por último, havia a Ápela (Assembléia do Povo, formada pelos cidadãos com mais de 30 anos), que não discutia as resoluções, mas tinha o direito de aprová-las ou recusá-las.
Em Esparta, o objetivo principal era produzir cidadãos que se tornassem bons soldados. Quando uma criança nascia, era examinada pelos anciãos, que sacrificavam as fracas e as que tivessem defeitos físicos. Os bebês fortes, que poderiam se tornar bons guerreiros, eram entregues às mães, que os criavam até os 7 anos de idade. Dos 7 aos 29 anos, a educação dos jovens era responsabilidade do estado. Nesse período, eles se preparavam para se tornar cidadãos-soldados de Esparta. Assim que terminava a educação do homem espartano, ele deveria permanecer até os 60 anos a serviço do Estado, que regulava minuciosamente a vida de seus moradores.
Ao contrário de Atenas, onde as mulheres eram submissas à vontade do pai ou do marido, viviam dentro de casa, afastadas dos olhares dos homens, as mulheres tinham um papel importante nessa sociedade. Era sua responsabilidade administrar os bens e propriedades da família enquanto seus maridos participavam das batalhas. Além disso, tinham liberdade para circularem sozinhas pelas ruas. Praticavam exercícios físicos, para gerar guerreiros fortes e saudáveis, e recebiam treinamento de guerra, para o caso de precisarem defender a cidade. Não tinham direitos políticos.
Até os dias atuais, o adjetivo espartano é usado como sinônimo de simplicidade, pois assim era vida dessas pessoas. O luxo, a riqueza e a ostentação eram proibidos. Todos os cidadãos que serviam o Exército possuíam uma pequena propriedade, doada pelo Estado. Nela produziam apenas o necessário para a sobrevivência de sua família.
Desde pequenos, os espartanos eram treinados para falar pouco e respeitar os mais velhos. Também eram proibidos de se posicionarem sobre assuntos políticos ou de criticar seus superiores. Em função do rigor das leis e da ausência de debates públicos em assembléias, os espartanos eram considerados lacônicos, ou seja, pessoas de vocabulário curto. O laconismo se tornou uma marca dessa sociedade.

Atividade

Baseado (a) na leitura deste texto, responda:

1.       Compare a vida do cidadão ateniense com a do espartano.
2.       Diferencie Democracia de Oligarquia.
3.       Por que o regime político espartano não era uma democracia?

3 comentários: