Você já deve ter ouvido alguém usar
o termo “política”. Talvez em uma conversa de seus familiares, nos noticiários
da televisão, em filmes ou em qualquer outra situação. Geralmente, quando
ouvimos a palavra “política”, logo nos lembramos da época das eleições, dos
candidatos em campanha, das pessoas no ato de votar.
De
fato, tudo isso faz parte da política; porém, política é muito mais do que
votar em um vereador, prefeito, governador, deputado, senador ou presidente da
República. Essa palavra, ou o que ela significa, faz parte de nosso dia a dia
sem que, muitas vezes, percebamos.
Quando
há um conflito na família, na escola, ou até mesmo numa brincadeira entre os
amigos e tentamos resolver o problema por meio do diálogo, estamos fazendo
política. Quando lançamos em nossa comunidade uma campanha para conscientizar a
população a não desperdiçar água, a não jogar lixo nas ruas ou a zelar pelos
espaços coletivos, como praças e prédios públicos, também fazemos política.
Na
verdade sempre que expomos nossos argumentos em defesa de uma proposta estamos
fazendo um ato político. Isso significa que não são apenas os presidentes,
governadores e outros representantes políticos que fazem política. O importante
é percebermos que os grupos mais bem organizados ou com mais recursos tem mais
chance de fazer prevalecer suas idéias.
O
termo política vem de polis, nome que os gregos antigos davam às
cidades-estados. Na Antiguidade clássica, nas cidades se decidiam os destinos
de toda a sociedade. Ali eram feitas as leis, discutidas as finanças, etc. Daí
a associação entre a cidade (polis) e as práticas relacionadas à discussão e à
decisão dos rumos da sociedade.
Outra
contribuição da Grécia antiga foi a democracia (do grego demos = povo), isto é,
o “governo do povo”. Foi ali que, pela primeira vez na história, habitantes de
uma cidade-estado passaram a se reunir para decidir por meio do voto as mais
variadas questões do interesse público.
Em sua escola há representantes
de turma?
O
representante de turma é um aluno que tem a função de falar com os professores,
coordenadores e com a diretoria da escola em nome dos colegas de classe. É uma
função de liderança e de muita responsabilidade. É ele quem encaminha
reivindicações, sugestões e reclamações dos alunos ao corpo docente. Os
representantes de turma são geralmente escolhidos por meio de votação entre
todos os alunos da classe.
Essa
votação pode ser secreta, com o nome do candidato escrito em um pedaço de
papel, por exemplo, ou pode ser aberta: cada eleitor levanta o braço quando o
nome de seu candidato é anunciado. Ao levantar o braço para votar, o aluno
exerce o direito de escolher democraticamente uma pessoa para representá-lo
junto à escola. Ao fazê-lo, repete o gesto dos gregos de Atenas há cerca de
2.500 anos, quando se reuniam para discutir os rumos da cidade (para fazer
política).
Em
Atenas, os cidadãos participavam diretamente da vida política da cidade: era
uma democracia direta. No Brasil atual, ao contrário, as decisões políticas que
interessam a um município em geral são tomadas por prefeitos e vereadores
eleitos para representar a vontade dos cidadãos. Chamamos essa forma de governo
de democracia representativa ou indireta.
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