Recomendações do velho escriba
Já
pensaste na vida do camponês que cultiva a terra? O cobrador de impostos fica
no cais ocupado em Receber os dízimos das colheitas. Está acompanhado de
agentes armados de bastões (...). Todos gritam: Vamos, aos grãos! Se o camponês
não os possui, eles o atiram ao solo. Amarrado, arrastado para o canal é jogado
de cabeça.
O
entalhador de pedra permanece agachado desde o nascer do sol, seus joelhos e
sua espinha dorsal estão alquebrados. O pedreiro, fica sobre as vigas dos andaimes,
exposto a todos os ventos, (...); seus braços se gastam nos trabalhos, suas
roupas ficam em desordem, ele só se lava uma vez por dia.
(...)
Conto-te a respeito do oficial de infantaria. Ainda pequeno, é levado e
encerrado na caserna. Agora, queres que te conte suas expedições em países
longínquos? Carrega seus víveres e água nas costas como um burro de carga; suas
costas estão feridas. Bebe água podre. Deve montar guarda sem cessar. (...)
Regressa ao Egito? Não é mais que um velho pedaço de madeira roído de vermes.
Só
vi violência por toda parte! Por isso, consagra teu coração às letras.
Contempla os trabalhos manuais e em verdade, nada existe acima das letras. Ama
a literatura, tua mãe. Faze entrar suas belezas, em tua cabeça. Ela é mais
importante do que todos os ofícios. Aquele que, desde a infância, se dispõe a
tirar proveito dela, será venerado.
Coletânea
de documentos históricos para o 1º grau – 5ª a 8ª série. São Paulo: SE/CENP,
1985. p. 52.
Dialogando:
1.
Segundo
o escriba, como era:
a.
A
vida do camponês?
b.
O dia
a dia do entalhador?
c.
O
trabalho do pedreiro?
d.
O
cotidiano de um soldado?
2.
Qual
o conselho dado pelo escriba?
3.
Você
considera o conselho do velho escriba útil a você hoje?
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